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Comissões da Câmara e do Senado disputam tempo de dirigente de agência reguladora

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Na última semana de trabalho do Congresso antes do recesso, duas comissões da Câmara e do Senado disputarão o tempo do presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Leandro Fonseca da Silva. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado e a de Seguridade Social e Família da Câmara marcaram audiências no mesmo dia e em horários bem próximos. Na Câmara, a reunião é às 11h. No Senado, às 11h30.

Os parlamentares querem aproveitar os últimos instantes de trabalho no Legislativo antes das eleições para discutir um assunto sensível à população: a ANS permitiu, recentemente, que os planos de saúde fossem reajustados em até 10%.

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Leandro Fonseca da Silva (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

 


O coordenador da Lava Jato no Rio e as histórias para contar

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Coordenador da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o procurador da República Eduardo El Hage será um dos destaques de um seminário no México, nesta terça-feira (10), sobre o combate à corrupção e a impunidade. El Hage ministrará uma palestra sobre o tema. Certamente terá muitas histórias para contar.

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Eduardo El Hage (Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo)

 

 

AGU providencia conta para que pagamento da Odebrecht seja depositado

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Empresa Odebrecht, em São Paulo (Foto: Bruno Cotrim / Frame / Ag. O Globo)

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) indicará, em breve, a conta na qual a primeira parcela do acordo de leniência firmado com a Odebrecht seja depositada. Serão R$ 69 milhões.

Na verdade, a Odebrecht já havia depositado R$ 80 milhões em juízo para honrar o compromisso. 

As próximas parcelas, que deverão ser pagas a partir do ano que vem, deverão ser pagas pela empreiteira por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU).  

 

 

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Música clássica contra roubos e vandalismo: uma prática que se espalha pelo mundo e faz canções perderem a identidade

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Casa Quintette, violinos e violoncelos em acrílico, obra de 1971 do artista franco-americano Arman (Armand Fernandez, 1928-2005) (Foto: WWW.BRIDGEMANIMAGES.COM)

Na esquina da 8th com Market Street, em San Francisco, ao lado da escada rolante desativada do metrô, do lado de fora de um Burger King, uma trilha sonora inusitada pode ser ouvida. A caixa de som bege, posicionada no alto de uma grande janela, faz ecoar um cravo barroco em volume ensurdecedor. A música jamais para. Noite e dia, Bach, Mozart e Vivaldi jorram dos telhados do Burger King e seguem em direção a ruas vazias.

Ruas vazias, no entanto, são o alvo desse concerto. A lista de músicas foi pensada para afastar possíveis ouvintes — principalmente os mendigos que se reuniam do lado de fora do restaurante fast-food, convertido num centro para indigentes. Fora da escada rolante, um acampamento de carrinhos de supermercado, sacos de dormir e asfalto plástico (mistura de plástico e asfalto usada nas estradas de algumas cidades) se transformou em uma favela, atraindo hordas de desabrigados e moradores de rua. “Uma multidão costumava ficar aqui. Agora, deve haver uma ou duas pessoas”, destacou David Allen, um morador local. Quando passei na região, o único sinal de vida era uma mulher de cócoras no asfalto, tremendo, com as mãos na cabeça, enquanto o cravo clássico martelava em seu ouvido.

Essa tática foi sugerida por uma organização chamada Comunidade Beneficente do Distrito de Central Market (CMCBD, na sigla em inglês), entidade sem fins lucrativos que congrega vizinhos cuja missão pode ser lida em um manifesto com um quê de George Orwell, autor da distopia 1984: “Ao ofertar serviços melhores que os oferecidos pela cidade de San Francisco, a CMCBD torna o Central Market uma área mais segura e atraente. Um lugar mais desejável para trabalhar, viver, comprar, estabelecer negócios e adquirir propriedades”. Esses serviços supracivis parecem consistir, sobretudo, em encontrar formas agradáveis para afastar os desvalidos.

Um funcionário da CMCBD comentou que a inspiração para o plano da rede de fast-food veio do metrô de Londres. Depois do surpreendente sucesso do programa-piloto, de 2003, o sistema metroviário passou a tocar em 2005 músicas de orquestra nas 65 estações para diminuir comportamentos “antissociais”. Após apenas 18 meses de música clássica, o roubo a trens caiu em 33% e insultos a funcionários diminuíram em 25%, enquanto o vandalismo despencou em 37%. O sucesso da empreitada chamou a atenção da comunidade policial ao redor do mundo. Nascia assim um fenômeno internacional. De lá para cá, a ideia se espalhou ao redor da Inglaterra e do mundo: unidades da polícia em diversos países têm o quarteto de cordas como a última aquisição do arsenal de combate à criminalidade, recrutando o cravista Johann Sebastian Bach como o mais recente membro da força policial.

Especialistas traçaram a origem da prática e chegaram a uma franquia da rede 7-Eleven localizada na cidade canadense de Colúmbia Britânica. Em 1985, um gerente espertinho tocou Mozart no lado de fora do espaço para expulsar jovens que vagavam sem rumo pelo estacionamento. A trilha sonora foi tão eficaz em repelir adolescentes rebeldes que mais de 150 lojas 7-Eleven implementaram a medida, o que a tornou a primeira companhia a usar a viola para combater o vandalismo. Em 2001, a ideia se espalhou por West Palm Beach, na Flórida, quando a polícia confrontou uma rua dominada pelas drogas com barulhentos alto-falantes que tocavam Beethoven e Mozart. “A polícia ficou maravilhada quando, às 10 horas da noite, não havia uma vivalma nas ruas”, observou a detetive Dena Kimberlin. Não tardou para que outros departamentos “começassem a se ligar”. A partir daquele momento, a tática — agora codificada como uma manobra no manual de conduta para policiais — explodiu em popularidade tanto em companhias privadas quanto em instituições públicas. Na última década, a sinfonia da segurança se alastrou como um procedimento-padrão da Austrália ao Alasca.

O quarteto de cordas é a última aquisição do arsenal de combate à criminalidade. O cravista Johann Sebastian Bach se tornou o mais recente membro dessas forças de repressão policial

Hoje, a dissuasão por meio da música clássica é algo indispensável para o sistema de trânsito americano. Centros de transporte de costa a costa tocam música clássica para garantir proteção. Brahms brota dos pontos de ônibus e das esteiras de bagagens nos aeroportos. Na Penn Station, em Nova York, viajantes compram tíquetes ferroviários da Amtrak ao som de música barroca; os scherzi de Schubert agraciam o saguão de espera da Greyhound, o terminal rodoviário de Nova York. A Water music, de Handel, expande-se sobre plataformas do sistema metroviário de Atlanta. Além das cidades grandes, a tática se estende a regiões menores e subúrbios ao longo do continente. Em Duncan, na Colúmbia Britânica, a voz do tenor Pavarotti patrulha o parque público, afastando vândalos. Já a biblioteca de Lynchburg, em Virgínia, mantém o estacionamento limpo com playlists como Mozart para manhãs de segunda-feira e Dieta barroca. Em Columbus, Ohio, a briga entre dois traficantes foi resolvida simplesmente ao se colocar As quatro estações, de Vivaldi, para tocar.

Música barroca parece ser um repelente poderoso. “A despeito de algumas exceções da última fase do Romantismo, como Mussorgsky e Rachmaninoff, a música usada para dispersar arruaceiros é pré-romântica, do Barroco ou da era clássica, movimento de que Mozart e Vivaldi fazem parte”, notou o crítico Scott Timberg. Gestores públicos raramente se questionam sobre as razões ocultas para a eficácia da música, mas se gabam dos resultados com certo orgulho combativo. Como um oficial de Cleveland explicou: “Existe algo na música barroca que os pretendentes a gângsteres metidos a machões detestam”. O chefe da polícia de Tacoma, Washington, fez coro à mesma teoria — e à mesma frase: “Ao tocarmos música clássica, queremos construir um ambiente desagradável para criminosos e pretensos gângsteres”. Um observador do metrô londrino expressou a mentalidade punitiva por trás da estratégia de maneira franca: “Esses jovens infratores estão dizendo: ‘Bem, nós podemos ficar aqui e ouvir o que consideramos um lixo completo ou podemos levar nossa delinquência para outro lugar’”.

“Leve sua delinquência para outro lugar” poderia ser a entrelinha em cada nota de música clássica que busca combater a criminalidade. Convém lembrar que a tática não almeja diminuir a violência ou acabar com ela, mas, sim, realocá-la. Além disso, uma medida tão mercenária na maioria das vezes mira infrações pequenas, como vandalismo e vadiagem — crimes que comprometem propriedade, e não pessoas. Além disso, essas propriedades em geral pertencem aos poderosos. “Negócios e lideranças governamentais usam a música clássica não como uma força moralizante positiva, mas para marcar território”, observou Lily Hirsch no livro Music in American crime prevention and punishment (Música como prevenção e punição do crime americano). Em uma mutação bizarra, a música clássica deixa de ser “a linguagem universal do ser humano”, lembrando a todos uma humanidade em comum, para ser uma cerca sonora que protege áreas privilegiadas, dizendo aos plebeus em código autoritário que eles não são bem-vindos ali.

A metáfora que destaca o poder da música deve mudar para uma panaceia da punição. De unificadora, ela vira força que segrega, deixando de ser enobrecimento estético e moral para se configurar em realocação econômica. Mozart trocou a carreira de doutor da alma pela de agente do despejo de pobres.

A música retorna assim a sua velha função evolutiva: reivindicar território. Pesquisas na área de zoologia sugerem que a função original do canto dos pássaros não é apenas atrair parceiros, como Darwin sugeriu, mas também assegurar direito a territórios. Experimentos mostraram que pássaros normalmente não entram em regiões onde cantos pré-gravados tocam. Esse aspecto agressivo da cantoria das aves se estende ao homem. O primatologista Thomas Geissman especulou: “A música antiga dos hominídeos também podia ter funções parecidas ao clamor de macacos (...), incluindo anúncios territoriais, intimidações entre grupos e distanciamento”. As canções mudaram, mas a melodia é a mesma — “Atenção: propriedade privada”. A música transforma espaços públicos em territórios privados, sinalizando por meio de intimidações orquestrais que algumas áreas estão fora do limite de certos indivíduos. E nenhum outro gênero carrega mais intimidações associadas à elite que a música clássica.

Cellomaster, peça de 1961 feita em bronze por Arman e pertencente a uma galeria de Dublin, na Irlanda (Foto: BRIDGEMAN IMAGES)

O triunfo dessa sinfonia separatista, no entanto, sugere uma enorme derrota para o gênero. Todos sabem que canções afetam pessoas para além do nível do pensamento, lançando sussurros em nosso inconsciente. Conduzir associações hostis à música clássica como força gentrificadora ameaça fazer o público sair da indiferença para assumir um comportamento que rechaça essa forma de arte. A intimidação por meio de orquestra tem êxito não só em afastar multidões de possíveis vândalos, mas também gerações de potenciais audiências. Música clássica agora pode desencorajar delinquentes juvenis e jovens ouvintes. Evita, de uma só vez, a vadiagem e a apreciação.

Talvez tenhamos ouvido sons de eternidade na sinfonia clássica. “A quinta sinfonia de Beethoven é o mais sublime som que jamais penetrou o ouvido humano”, afirmou o escritor inglês E.M. Foster. Mas, quando alguém ouve Beethoven por um alto-falante na calçada do Burger King, a melodia parece menos um convite ao sublime e mais um feio lembrete que grita: “Saia daqui!”.

Tornar a música clássica uma arma é apenas o próximo passo para a mercantilização do gênero. Hoje, a maioria dos jovens a enxerga não como uma forma popular de arte, mas como um símbolo de classe. Eles a percebem como uma série de figuras de linguagem em um amplo conjunto de comunicação codificada que empresas privadas exploraram para mapear nossa visão sobre música clássica. Décadas de condicionamento cultural treinaram o público para identificar na sinfonia a síntese sonora do status social — e, por extensão, a exclusão desse status. O americano médio não enxerga os acordes iniciais de As quatro estações como a canção da primavera, mas como o som do esnobismo. Na tela, o Barroco é pano de fundo para uma velha sociedade arrogante de endinheirados. Em essência, essa música não deve ser apreciada, e sim formar associações extremamente elitizadas.

A música clássica já foi bem recebida pela cultura popular e foi famosa o suficiente para ser parodiada. Pernalonga chegou a imitar O barbeiro de Sevilha; a admiração por Beethoven era a característica definidora de Schroeder, pianista da animação Peanuts. Em 2014, no entanto, o personagem Hannibal Lecter, da série da emissora NBC, esquartejou cadáveres em horário nobre ao som da Sinfonia nº 9 enquanto preparava ossobuco, sua célebre receita. Aos olhos da Hollywood contemporânea, música clássica é o anúncio para gênios excêntricos, pré-adolescentes precoces e psicopatas. Tocar violino é uma peculiar característica para detetives bipolares e criminosos especialistas em manipular a mente humana — não é um hábito saudável para seres humanos “normais”. De desenhos animados a canibais, nossa representação cultural da música clássica tomou um desvio demográfico perturbador.

Na era da comunicação de massa, o público experimenta a música clássica por meio de fragmentos isolados de obras maiores, usados para emprestar força simbólica a uma agenda comercial. Artistas e publicitários dissecam trabalhos clássicos em pequenas melodias — passagens marcantes retiradas de seu contexto original —, organizando um cardápio musical para reforçar mensagens com tons, modos e associações atraentes. Como um aromatizante artificial para os ouvidos, essa sinfonia de trechos inspira cenas com a emoção sintética desejada. Precisando da elegância europeia? Mozart fará aquela minivan comercial subitamente mais suave. Preocupado com uma sequência lenta que deixará a audiência entediada? Para uma dose instantânea de adrenalina, acorde-a com a abertura da ópera Guillaume Tell. Falta algo especial em seu comercial de panquecas? Tire Cavalgada das valquírias de Valhalla e leve-a para a Casa Internacional da Panqueca.

Banalizada por propagandas, filmes, e trabalhos policiais, a música de Bach perde sua identidade como uma obra de arte independente, que exige ser absorvida em contexto próprio

As consequências artísticas de tal prática são devastadoras. Recriar as Valquírias, de Wagner, como vendedora de panquecas necessariamente diminui seu impacto em óperas. Algumas obras são citadas tão frequentemente que as associações secundárias acabam ofuscando a obra original, tornando-a mais pobre. Canções de Beuern existem como um clichê musical permanente. O Fortuna, de Orff, faz lembrar somente a breguice. De que modo um ouvinte pode ter um encontro genuíno com esse colosso da ópera?

Essa cultura torna negativo o valor definidor da composição clássica: o desenvolvimento extenso de complexos temas musicais. Formas sonoras estendidas permitem ao ouvinte apreciar a sutil interação entre tema e movimento — e é exatamente essa apreciação repleta de nuances que as releituras fragmentadas anulam. Existe um mecanismo de duas partes para extrair e transplantar uma melodia: isole um tema de 15 segundos de uma sinfonia com 45 minutos — onde esse fragmento funciona como a parte de um todo integrado — e o coloque em uma obra alheia. Tire O Fortuna de uma cantata latina para enxertá-lo dentro de um comercial da Domino’s. Esses transplantes produzem uma profusão de misturas que fomentam outro efeito insidioso: ao sempre mencionar uma obra fora de seu contexto, o público se esquece de que esse contexto existe. Em razão do uso para propagandear a Domino’s, o espectador esquece que O Fortuna poderia ser gloriosa em seu contexto original. Em resumo, nessa mistura, famosas composições deixam de ser formas sérias de música e viram ruídos decorativos, aplicados como papel de parede para cobrir de intenções banais uma superfície comovente.

Um exemplo emblemático da posição conflituosa da música clássica em nossa cultura é o prelúdio de Suítes para violoncelo nº 1, de Bach. Apelidada de “a canção do rolê que acabou de ficar classudo” por um colunista, a composição de dois minutos foi adaptada para um conjunto surpreendente de finalidades. O site IMDb lista 73 títulos, que incluem séries bem-sucedidas como Smallville e ER; uma campanha publicitária para brócolis congelados e outra para ração de cachorro; filmes como Elysium e Se beber, não case: parte II; com direito até a uma rápida aparição no longa Monstros marinhos. Em um estranho contraste, diretores de filmes e publicitários exploram a associação do prelúdio à ideia de status social para invocar duas emoções contraditórias. Por um lado, filmes adaptam o prelúdio para sublinhar o esnobismo hipócrita dos ricos, enfatizando como o adorável pobretão está deslocado na alta sociedade. Por outro lado, comerciais usam a obra para incutir no tom superficial das vendas um ar elegante, implicitamente ligando o produto ao desejo inarticulado do público por uma vida melhor. Em outras palavras, ela é usada simultaneamente para cutucar a hipocrisia da elite e estimular o público a querer pertencer a essa mesma elite.

Um recente comercial de um Cadillac CTS chegou a identificar a obra de Bach pelo nome. Na peça, um casal estiloso dirige por uma opulenta rua e liga o rádio. Suítes para violoncelo nº 1, declara um erudito motorista — e a câmera gira pelo interior do veículo, mostrando o título da obra iluminado pelo painel de controle. Subentende-se que o comprador não está apenas levando um carro para casa, mas adquirindo um tíquete para a alta sociedade. É um convite para fazer parte de um clube exclusivo, tornar-se o tipo de pessoa que reconhece composições de Bach pelo nome e pelo número. Com poucas dedilhadas de violoncelo, um fútil comercial de carro vira a visão de um futuro mais feliz: a promessa de transformação pessoal por meio do poder das compras.

Onde isso deixa o prelúdio — e, por extensão, a música clássica? Do despertar de enormes tubarões à venda de Cadillacs, a obra de Bach tem sido reconfigurada para apoiar diversas causas. Mas ela raramente sustenta a si mesma. Depois de ser pressionada por demandas tão diferentes — propaganda, filme, trabalho policial —, a música perde sua identidade como uma obra de arte independente, que exige ser absorvida em seus próprios termos. É difícil ao prelúdio promover qualquer experiência genuinamente “pura” ao ouvinte moderno. Essa erosão é um destino comum para a arte popular. Não importa quão potente seja uma obra. Com o tempo, Hollywood, Madison Square e Market Street drenarão a vitalidade mesmo da maior música já criada, até não restar mais nada. “Morte por citação”, disse o relatório do legista. Afinal de contas, existem inúmeras ocasiões em que uma melodia pode ser usada para atormentar mendigos, embelezar o prato de canibais ou promover a dignidade de rações antes que esqueçamos que ela também pode glorificar a dignidade humana.

Flon flon, peça de Arman de 1990, composta com tubas de bronze fixadas em mármore, retrabalhadas com pátina (Foto: BRIDGEMANIMAGES)

 

Variação do preço do gás natural veicular é o menor entre os combustíveis, diz associação

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A variação do preço médio do gás natural veicular (GNV) na comparação entre junho de 2017 e junho deste ano foi menor que as variações dos preços da gasolina e do etanol, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Enquanto o preço do GNV subiu 15%, o da gasolina e o do etanol subiram 27,94% e 18,02%,respectivamente.

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Bomba em posto de combustível (Foto: Reprodução)

 

Empresa de consultoria enxerga em clubes de futebol e federações campo para compliance

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A empresa de consultoria liderada pelos ex-ministros da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage e Luiz Navarro está de olho em clubes e federações de futebol. Com históricos de corrupção e falta de transparência, as entidades precisarão se interessar por compliance, assunto que virou moda depois do advento da Lava Jato.

A consultoria acaba de reforçar a atuação nesta área. Fez uma parceria com o advogado Maurício Corrêa da Veiga, especialista em Direito Desportivo.

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Vista do Maracanã em obras (Foto:  Buda Mendes/LatinContent/Getty Images)

 

Poucos deputados prestigiam posse do novo ministro do Trabalho

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O advogado Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello tomou posse nesta terça-feira (10) como novo ministro do Trabalho em uma cerimônia diferente no Palácio do Planalto. Vieira de Mello não discursou, como é comum um ministro fazer na cerimônia em que assume o cargo. O local, apesar de ter vários convidados, não tinha presença massiva de deputados, como também é de costume. Um dos poucos presentes era o deputado Mauro Lopes (MDB-MG), do mesmo estado de Vieira de Mello.

Um deputado que não foi à cerimônia disse que os parlamentares ficaram com medo de o evento poder ser enquadrado pela lei eleitoral como algum anúncio ou inauguração do governo, o que é proibido desta semana até a eleição.

 

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Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, novo ministro do Trabalho (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

A França chega à final com virtudes que nem sempre fazem o torcedor suspirar

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Eden Hazard assiste à comemoração francesa. A França está na final da Copa do Mundo de 2018 (Foto: Getty Images)

Aos 25 minutos do primeiro tempo, o que se via na primeira semifinal da Copa do Mundo era um esmagamento por parte da Bélgica. Novamente camaleônica, a equipe montada pelo técnico Roberto Martinez pressionava e não deixava a França jogar. Pelo flanco esquerdo apareciam as melhores chances, nos pés e dribles de Hazard. Suportar esse sofrimento seria fundamental no resultado final do jogo. A partir dali, os franceses equilibraram a partida. Nas arrancadas de Mbappé e Griezmann vieram as melhores chances. Num escanteio, o gol que decidiu a classificação.

É bem verdade que a França não causa suspiros pela estética de seu jogo. Pelo contrário. Despachou três adversários de peso nesta Copa jogando com menos posse de bola. E mais sofrimento. Em vários momentos, a dupla de volantes formada por Kanté e Pogba se viu na dura missão de salvar os zagueiros das investidas dos ataques rivais. A França é um time pragmático até a medula. Não espere uma equipe agressiva e dona do campo. É no contra-ataque e na bola parada, recursos menos nobres que um bom toque de bola, que mora a grande qualidade da finalista desta Copa.

Há pelo menos três ingredientes de verdadeiros campeões na campanha que terminará em Moscou, no próximo domingo.

>> Na Copa do Mundo sem espaços, a França faz da roubada de bola seu camisa 10

Griezmann e Mbappé. A dupla de ataque torna a França numa das seleções mais letais da Copa de 2018 (Foto: Getty Images)

O primeiro é a eficiência, virtude daquele que cumpre um objetivo com competência. É conseguir o melhor rendimento com o menor gasto de energia possível. É priorizar o certo em vez da superação via tentativa e erro. A França é a equipe mais eficiente desta Copa. Seu rendimento não é complexo ou sofisticado. Pelo contrário, há um jogo muito simples, baseado na força física de volantes como Pogba, Kanté e Matuidi, e nas arrancadas e dribles de Mbappé. O time chega ao gol das mais variadas formas, sem forçar tanto.

O segundo é a eficácia – que é diferente de eficiência. Ser eficaz significa fazer as coisas certas. É explorar ao máximo os recursos disponíveis para chegar a um resultado final. Um exemplo é Kanté. A roubada de bola é seu principal recurso de jogo. É o que faz ser titular absoluto do Chelsea e da seleção francesa. Segundo o Wyscout, ele é o maior ladrão de bolas da Copa do Mundo até aqui – foram 58 roubadas corretas. Trata-se de um recurso explorado ao máximo, com eficácia, para tornar o time defensivamente seguro.

O terceiro predicado é a efetividade. De forma simples, ser efetivo é ir direto ao ponto. É entregar o que se espera. E da França sempre se esperou dessa geração um título, ou uma final. É o que time entregou contra Argentina, Uruguai e Bélgica: vencer e passar de fase, não importa os meios usados para tal.

Apenas uma equipe será a mais efetiva da Copa do Mundo: a que vencer o duelo que se desenhará entre Inglaterra e Croácia. Por hora, a França reúne eficiência, eficácia e efetividade para se credenciar como favorita no jogo de domingo, a grande final.


Temer sanciona projeto que batiza rodovia na PB com o nome do pai de senador tucano

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O presidente Michel Temer sancionou, nesta terça-feira (10), uma lei que batiza um trecho da rodovia BR-104 com o nome de Ronaldo Cunha Lima, ex-governador da Paraíba e pai do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Ronaldo Cunha Lima, morto em 2012, também foi homenageado com o nome de uma ala do Senado.

A lei será publicada na edição de quarta-feira (11) do Diário Oficial.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

 

Governadores do Espírito Santo e Pará se unem para contestar procedimento do governo federal

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Os governadores do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), e do Pará, Simão Jatene (PSDB), se reuniram nesta terça-feira (10), em Vitória, a fim de divulgar uma carta endereçada ao presidente Michel Temer. Na missiva, constestam um procedimento do governo federal para antecipar a renovação das concessões das ferrovias Minas-Vitória e Carajás, ambas exploradas pela Vale. Eles pedem a suspensão das decisões tomadas até o momento ao alegar que as compensações pelas renovações deveriam ocorrer nos estados impactados pelas instalações das ferrovias (algo que não está previsto) e que os valores que serão recebidos pelo governo federal também não são condizentes. Além disso, questionam o momento das renovações, próximo ao período eleitoral.   

 

Os governadores Simão Jatene, do Pará (E), e Paulo Hartung, do Espírito Santo (D). (Foto: Reprodução)

 

 

Com contribuição de Tite, CBF abrirá rede de escolinhas para formação de novos jogadores

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Tite, treinador da seleção brasileira. O técnico faz parte de projeto da CBF para a formação de novos jogadores (Foto: Getty Images)

A permanência de Tite na seleção brasileira, a ser decidida num prazo de dez dias, terá influência sobre processos que extrapolam o ciclo de quatro anos da Copa do Mundo de 2022. Em seus primeiros anos de trabalho, o treinador se tornou parte fundamental de um projeto coordenado pelo departamento de desenvolvimento técnico e responsabilidade social da CBF. A entidade tem dado os primeiros passos rumo à criação de um sistema de escolinhas de futebol, cuja metodologia foi montada com a participação direta do técnico.

A primeira unidade foi inaugurada pela confederação no fim do ano passado em Ribeirão Pires, no interior de São Paulo. Cerca de 200 estudantes da rede municipal, na faixa etária entre seis e 13 anos, estudam e jogam bola no local. O negócio funciona como uma tríade. A CBF é responsável por fornecer a metodologia de treinamento e monitorar o desenvolvimento das crianças. A prefeitura entra com infraestrutura, e o patrocinador privado, World Trade Center (WTC), financia a compra de materiais esportivos e alimentação.

Tite ajudou a formular a metodologia de treinamento dessas crianças – tanto que um dos capítulos de seu manual foi dedicado às filosofias do técnico sobre futebol. Também foram preparados capítulos sobre modelos de jogo defensivos (marcações individual, por zona, mista e por zona pressionante) e ofensivos (ataques posicional, rápido e contra-ataque). A ideia é que as crianças tenham acesso desde cedo a um arcabouço teórico, padronizado, que mais tarde será útil para aquelas que ingressarem no futebol profissional.

>> A CBF fatura alto com a seleção brasileira – eis de onde vem e para onde vai o dinheiro

"A grande maioria de quem pratica futebol não chega até a alta performance, então este é um projeto com viés socioeducacional. Mas as crianças que tiverem aptidão certamente terão a oportunidade de seguir carreira em algum clube", explica Diogo Cristiano Netto, gerente do departamento responsável pelo projeto, em entrevista concedida a ÉPOCA em Moscou. O dirigente e a reportagem acompanharam evento promovido pela Fifa, intitulado Football for Friendship, às vésperas do início da Copa na Rússia, ao qual países do mundo inteiro mandaram crianças para jogar bola.

A CBF espera inaugurar 12 novas escolinhas no próximo ano. A próxima tende a ser aberta na cidade de Barueri, também no interior de São Paulo, onde a confederação tem conversas adiantadas com prefeitura local e potencial patrocinador. Também existem tratativas para que cinco unidades sejam abertas na região de Foz do Iguaçu, no interior do Paraná. O modelo do negócio é sempre o mesmo. O projeto avança conforme a entidade firma parcerias com prefeituras e patrocinadores para bancar os custos operacionais.

O modelo é diferente daquele usado por referências europeias, como Alemanha e França. Nesses países, as federações investiram na construção de academias próprias de formação de jogadores de futebol. "Estive na Alemanha em 2013 para entender o projeto deles. Tem algumas semelhanças, mas lá as academias reúnem os jogadores e os clubes vão até elas para buscá-los. Não é o foco da CBF. Nosso foco é atender escolas de futebol em parcerias com prefeituras, e os clubes podem ir até elas fazer convites", afirma Netto.

*O repórter viajou a Moscou a convite da Gazprom

Deputados do MDB se animam com campanha de Skaf em São Paulo

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Mesmo sem aliança eleitoral, a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo anima deputados do MDB. Os congressistas veem na candidatura do presidente da Fiesp mais visibilidade para suas próprias campanhas. Analisam que, mesmo se não for o vencedor, Skaf deve ser o segundo melhor colocado e levar mais votos aos candidatos ao Legislativo.
O chefe do MDB de São Paulo, o deputado federal Baleia Rossi, estipulou como meta para o partido eleger quatro deputados – o mesmo número que a sigla tem hoje e dois a mais que elegeu em 2014.

Para o Senado, a candidatura de Marta Suplicy é tratada como certa – até por ser a única opção dentro do partido e não haver nenhuma sigla ao lado do MDB.

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Paulo Skaf (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

 

 

Após encontro misterioso, Temer e Aécio terão reunião oficial nesta quarta-feira

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O senador Aécio Neves e o presidente Michel Temer.Eles se livram pelo desgaste da delação (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

 

Há três semanas, o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) mantiveram um encontro cercado de mistérios na residência oficial da Câmara dos Deputados, diante de Rodrigo Maia (DEM-RJ). A reunião não estava na agenda. Nesta quarta-feira (11), para evitar novas suspeitas, Temer receberá Aécio em reunião oficial no Palácio do Planalto.

 

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Centenário de Athos Bulcão mostra que sua obra está além dos mosaicos em azulejo

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Padronagem em azulejos de autoria do artista carioca Athos Bulcão (Foto: MONDADORI PORTFOLIO/PINO MONTISCI/BRIDGEMAN/KEYSTONE BRASIL)

O mês de julho marca os 100 anos de nascimento — no dia 2 — e os dez de morte — no dia 31 — de Athos Bulcão, pintor, escultor e desenhista, cuja obra foi associada, no Brasil e no exterior, aos mosaicos em azulejo que produziu desde a década de 1940. Na época, após abandonar o curso de medicina para se dedicar à pintura, tornou-se assistente de Candido Portinari na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, marco da arquitetura moderna que se espalharia pelo país nas décadas seguintes.

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:: Vida e destino do quadro Nº 16 de Jackson Pollock do MAM

Quando Brasília foi erguida no meio do Cerrado, entre 1956 e 1960, além do cinza do concreto armado dos projetos de Oscar Niemeyer e do vermelho da terra que subia com o trabalho das máquinas e dos operários, eram de Bulcão as cores que davam vida aos prédios da futura capital, como a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima ou o Brasília Palace Hotel. A ligação do artista carioca com a cidade tornou-se intrinsecamente relacionada a sua produção: após se mudar em 1958, ainda durante as obras, Bulcão permaneceu em Brasília até morrer aos 90 anos, em 2008, no Hospital Sarah Kubitschek — em decorrência de mal de Parkinson, contra o qual lutava desde 1991. Hoje, a capital conta com cerca de 260 obras de sua autoria, em prédios públicos e espaços privados.

A obra do carioca, contudo, vai muito além da azulejaria e dos projetos relacionados à arquitetura, como revela a exposição 100 anos de Athos Bulcão, inaugurada em janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, de onde seguiu para Belo Horizonte, permanecendo em cartaz até 26 de junho. Com uma média superior a 100 mil visitantes em cada cidade, a mostra será aberta em São Paulo em 1º de agosto e finalizará sua temporada itinerante no CCBB do Rio de Janeiro, numa volta à cidade natal do artista, em 7 de novembro. Com curadoria de Marília Panitz e André Severo, a mostra é dividida em oito núcleos temáticos, que também destacam a pintura figurativa realizada entre as décadas de 1940 e 1950, os croquis feitos para o grupo de teatro O Tablado e as fotomontagens que remetem ao surrealismo de Man Ray e Dora Maar. Em seu centenário, Bulcão é redescoberto como um criador plural, que explorava linguagens distintas, seja em obras monumentais, seja em telas e desenhos.

Athos Bulcão é um dos artistas com quem os brasileiros têm mais contato por causa das obras públicas em várias capitais, mas grande parte de sua produção de ateliê foi recentemente redescoberta

“É curioso como Athos é um dos artistas com quem os brasileiros têm mais contato, por causa das obras públicas, e, paradoxalmente, grande parte de sua produção veio a ser mais conhecida nos últimos anos, sobretudo os trabalhos em ateliê”, afirmou André Severo. “A proposta de nossa curadoria foi destacar como ele investigou diferentes poéticas e como cada uma influencia a outra. Ele trabalhava simultaneamente em diferentes suportes, por isso é difícil falar em fases distintas como acontece com outros artistas. A constante complementaridade entre linguagens já desmonta essa perspectiva cronológica.”

Um dos núcleos da exposição, “Rastros” aponta os caminhos abertos por Bulcão e de que forma sua influência se mantém viva entre artistas de gerações posteriores. É o caso do mineiro Alexandre Mancini, de 44 anos, considerado um discípulo direto do carioca na azulejaria, técnica a que se dedica desde 2006. Ele chegou a se encontrar com o mestre em 2007, quando este já estava internado no Sarah Kubitschek, e de lá para cá atua na divulgação de sua obra, nos cursos que ministra.

“Artistas como Athos, Burle Marx e Paulo Rossi Osir elevaram a azulejaria brasileira a outro patamar, recriando uma arte milenar a partir de uma ideia de liberdade e movimento. Athos criou um novo alfabeto, quebrando a percepção do rigor como uma característica essencial para as obras. Quando ele propõe uma modulação aleatória, a partir de certos parâmetros, a repetição de padrões deixa de dominar os trabalhos, e o olhar do espectador é que passa a formar o todo”, destacou Mancini. “Em meados dos anos 2000, a azulejaria voltou com força à produção brasileira em nossa geração, que bebeu direto na fonte de Athos. Vejo o trabalho de muitos jovens artistas e coletivos, como o MUDA, do Rio, levar esse legado à frente.”

Reproduções de padrões de azulejos criados por Athos Bulcão (Foto: DIVULGAÇÃO)

No dia de seu centenário, o doodle — como é chamada cada uma das versões customizadas do logotipo do Google, para marcar alguma data ou acontecimento — reproduzia alguns padrões e cores criados por Athos Bulcão, em sequências animadas que se alternavam com o clique do mouse. Em painéis como os do Palácio do Itamaraty, em Brasília; no Memorial da América Latina, em São Paulo; ou no Sambódromo, no Rio, essa sensação de movimento é produzida pela dinâmica desenvolvida pelo artista, que também dava aos operários certa liberdade de criação, dentro de diretrizes que se mantinham de projeto para projeto.

“É incrível como Athos criava tanto dinamismo, muitas vezes a partir de uma variação mínima de elementos. Ele sabia que, em um painel de formas circulares, se o instalador fechasse um círculo, o olhar do espectador seria diretamente direcionado para esse ponto. Por isso, ele sempre recomendava que as formas ficassem abertas. É essa desconstrução que dá a ideia de movimento”, disse André Severo. “Esses padrões de ruptura fazem com que o público fique imerso na obra. Você não precisa decodificar nenhum elemento, é a experiência do todo que cria o sentido.”

Além de Brasília e Belo Horizonte, Athos Bulcão tem obras públicas em cidades como Rio e São Paulo, chegando a países como Argélia, Argentina, França e Itália. Trabalhou sobretudo em projetos assinados por Niemeyer e João Filgueiras Lima, o Lelé, outro expoente da arquitetura moderna brasileira. O trabalho de preservação e divulgação de sua obra é realizado pela Fundação Athos Bulcão, fundada em 1992 na capital federal e que hoje funciona como uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Secretária executiva da instituição, Valéria Cabral contou que em Brasília é mais fácil fiscalizar o estado de conservação das obras, que são todas inventariadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em outras cidades, o instituto depende de que danos a obras ou a necessidade de reparos sejam reportados para que ações de conservação sejam sugeridas.

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De 1958 até sua morte, em 2008, Bulcão viveu em Brasília — que se tornou um museu a céu aberto com obras do artista

“No Distrito Federal, até pelo fato de as pessoas já conhecerem a fundação, elas sabem a quem procurar no caso de algum risco aos trabalhos de Athos. O fato de serem inventariadas já dá uma condição quase de tombamento às obras na cidade, e qualquer mudança estrutural nos ambientes em que estão instaladas só pode ser realizada com autorização do Iphan e da fundação”, disse Cabral, que trabalha há 22 anos na instituição. “Temos as obras públicas e particulares de Athos catalogadas, mas, fora de Brasília, fica mais difícil fazer esse acompanhamento mais de perto.”

Entidade sem fins lucrativos, a Fundação Athos Bulcão se mantém por meio de captação de projetos, parcerias com empresas, cessão de direito de imagem e da reprodução de padrões para projetos arquitetônicos, mediante uma série de diretrizes e após análise de um conselho fiscal e curatorial. São proibidas, por exemplo, reproduções das azulejarias de obras como as da Igrejinha e do Brasília Palace ou a instalação de padronagens nas chamadas “áreas molhadas” das edificações, como banheiros e cozinhas. Outra área de atuação da fundação se dá na certificação das obras, sobretudo diante do aparecimento mais frequente de falsificações nos últimos anos, acompanhando sua valorização no mercado.

Athos Bulcão tornou-se conhecido pelos azulejos, mas suas fotomontagens e obras ligadas ao Carnaval revelam um artista bem-humorado (Foto: ACERVO FUNDAÇÃO ATHOS BULCÃO)

“Chega muita coisa como se fossem trabalhos de ateliê, como gravuras e desenhos. São vários exercícios de nus de mulheres, mas esses eram raríssimos, a maioria dos nus que Athos fez eram masculinos. Mesmo quando ele já sofria os efeitos do mal de Parkinson, algumas características de sua assinatura se mantinham, dá para ver logo quando é uma falsificação”, afirmou Cabral. “A maioria dos trabalhos de Athos são públicos, e quem tem um deles em casa não se desfaz facilmente, o que eleva o preço de mercado e, consequentemente, aumenta o número de falsificações. Sempre pedimos que as pessoas nos procurem antes de adquirir uma obra, mesmo que sejam oferecidas em leilões ou por vendedores conhecidos. Depois da compra pode ser tarde demais.”

Para a secretária executiva da fundação, outra característica de Bulcão que o público começa a descobrir em seu centenário, por meio de iniciativas como a exposição que percorre as unidades do CCBB pelo país, é o humor por trás de suas criações, mais evidente nas fotomontagens ou em obras inspiradas no universo do Carnaval.

“Athos tinha um senso de humor magnífico, muito sofisticado e criticamente apurado. Outro dia fui a um encontro de arquitetos formados na UnB, e eles lembravam as aulas de Athos no Instituto de Artes, quando circulava em volta dos alunos para observar seus desenhos. De vez em quando, ele topava com algum menos habilidoso e sugeria, em tom de brincadeira: ‘Sabia que a faculdade de odontologia daqui é muito boa?’”, lembrou Cabral. “Era uma pessoa de trato muito fácil, de uma sensibilidade e generosidade enormes. Não é à toa que a maior parte de sua obra está em prédios públicos, sempre disponível aos olhos dos espectadores”.

Em sentido horário: padronagem em fachada de prédio residencial na Rua Cupertino Durão, no Leblon, Rio de Janeiro; Fingindo de macabro, da série de máscaras criadas pelo artista; fotomontagem sem título; e óleo sobre tela, sem título, de 1966 (Foto: DIVULGAÇÃO/FUNDAÇÃO ATHOS; VICENTE DE MELLO/ACERVO ONICE OLIVEIRA; DIVULGAÇÃO/FUNDAÇÃO ATHOS BULCÃO; VICENTE DE MELLO/ACERVO VALÉRIA CABRAL)

 

PROS insinua apoio ao PT, Podemos, Rede e PSDB

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O presidente do PROS, Eurípedes Junior, durante inserção partidária na TV (Foto: Reprodução/ Youtube)

 

O PROS, partido que conta com bancada de 11 deputados na Câmara Federal, tem insinuado apoio a legendas de diferentes projetos políticos. Seus representantes - entre eles o presidente Eurípedes Júnior - estiveram nas últimas semanas com integrantes do PT, Rede, Podemos e PSDB. Oficialmente dizem que estão levando propostas aos presidenciáveis. 

 

 

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Alckmin espera anunciar nomes de novos colaboradores do seu programa de governo

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Pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin espera anunciar, em breve, nomes de novos colaboradores do seu programa de governo. Até o momento foram anunciados dez. Entre eles Persio Arida e Edmar Bacha, na área econômica. O coordenador é Luiz Felipe D’Ávila.

Geraldo Alckmin,governador de São Paulo (Foto:  Adriana Spaca/Brazil Photo Press / Ag. O Globo)

 

PRB diz querer distância de Ciro Gomes

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O PRB reúne sua bancada nesta quarta-feira (11) e deve estabelecer a primeira ruptura no chamado centrão. Os deputados do partido não aceitam que a sigla apoie o pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes. O partido é ligado à Igreja Universal e seus deputados defendem, na maioria, uma pauta conservadora, o oposto do que acreditam que Ciro vá fazer.
A legenda poderá caminhar sozinha se os demais partidos do centrão decidirem fechar com o pedetista ou ainda buscar outro caminho. Os mais cotados, por ora, são Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB).

O PRB tem um pré-candidato, o empresário Flávio Rocha, mas ele não empolga os parlamentares. Aparece mal nas pesquisas.

O ex-ministro Ciro Gomes   (Foto:   Ailton de Freitas/ Agência O Globo)

 

Inglaterra x Croácia: pelo alto ou com bola parada, duas seleções completas

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Destaque_Inglaterra (Foto: Getty Images)

 

A primeira coisa que irá rolar hoje em Moscou, pela semifinal da Copa do Mundo, não será a bola, mas sim a nostalgia. De um lado está a Inglaterra. Camisa pesada e icônica do futebol, mas carente de conquistas para reafirmar uma grandeza que não se vê há muito tempo. De outra, as lembranças de duas décadas atrás, quando a Croácia, em sua primeira copa como nação, conquistou um honroso terceiro lugar na França. Na época, foram eleitos sucessos do futebol da Ioguslávia, que se dissolvera após a queda do Muro de Berlim.

Algo também une os dois rivais neste confronto vintage: a complexidade de seus times. Gareth Southgate foi tão elegante em campo como seu colete que faz sucesso em Londres. Pensou no simples: aproveitar os talentos da rica Premier League e emular o sistema dos clubes de maior sucesso na seleção. O 5-3-2 usado pela Inglaterra nesta Copa do Mundo é o mesmo de Tottenham e Chelsea, clubes da parte de cima da tabela da Premier. O Manchester City, celeiro de ideias comandado por Pep Guardiola, também usa o sistema em alguns jogos.

Trata-se do velho “matar dois coelhos com duas cajadas só”. Com pouco tempo de treino, o time inglês ganha um conjunto entrosado e inteligente. Um desses caminhos é Kyle Walker. O City o contratou como um bom e regular lateral. Guardiola viu nele um outro potencial: o de zagueiro. Ao longo dos meses, foi adaptando o jogador à posição. Na Rússia, ele joga pela direita do trio composto por Stones e Maguire. São os responsáveis por articular as jogadas para um meio-campo composto quase que por velocistas e atacantes velozes.

Jogador_vermelho_inglaterra (Foto: Getty Images)

 

Essa busca pelo gol faz do time inglês um dos mais agradáveis de assistir na Copa do Mundo. Há a clara tentativa de jogar com bola pelo chão, uma contradição ao clássico sistema inglês de bolas longas e muita marcação. A evocação ao passado está na forma como os gols saem. De acordo com o Wyscout, dos 11 tentos marcados pela Inglaterra, 8 vieram de lances de bola parada. Só Harry Kane, artilheiro do torneio, tem 3 gols de pênaltis. Trata-se de uma estratégia para tornar a ideia mais eficiente e vencedora.

Vencer é o que quer a Croácia, que chegou à Copa um tanto desacreditada pelos desempenhos ruins nas últimas competições. Quem olha o elenco e vê nomes como Mandzukic, Modric e Raktic, titulares no mais alto escalão europeu, imagina uma equipe vistosa e de bom toque de bola. Pelo menos na ideia, os croatas praticam um futebol ofensivo. Na prática, a fama diz mais que o campo. Não há um grande desempenho na Copa do Mundo até aqui.

Jogador_azul_inglaterra (Foto: Getty Images)

 

O jogo mais emblemático da campanha foi o 3 a 0 na Argentina. Foram três gols. O primeiro nasceu de uma falha clamorosa do goleiro argentino. O segundo veio numa jogada rápida, já no fim do tempo, com a defesa argentina já em frangalhos. O terceiro foi um contra-ataque no qual Rakitic chegou na área sem sequer estar marcado. Há certas dificuldades de aglutinar os bons valores em um jogo confiável. Por isso, a Croácia chega a maior parte dos gol na bola parada. Ou em cruzamentos para o centroavante cabecear.

A expectativa é que seja um jogo bem jogado. Com bons passes e grandes jogadas, como os dois times já mostraram. Mas espere que a bola na rede entre num escanteio. Ou num pênalti. Numa Copa do Mundo cada vez mais equilibrada, são lances assim que podem decidir uma vaga para a grande final.

Advogados no comando do STF e STJ a partir de setembro

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O ministro Dias Toffoli.Com a maioria já formada,ele pediu vista do processo sobre foro privilegiado (Foto:  Agência Senado)

 

A partir de setembro, as duas cortes mais importantes do País passarão a ser comandadas por advogados de carreira: Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal, e João Otávio de Noronha, no Superior Tribunal de Justiça. Na condição de presidente do STF, Toffoli se credencia para estar à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A vice-presidente do STJ também será uma advogada: Maria Thereza de Assis Moura. 

Toffoli foi nomeado para o STF pelo ex-presidente Lula em outubro de 2009. Noronha, por sua vez, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 2002. 

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Com a desistência de Datena, nome de Afif é lembrado para vaga no Senado

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Com a desistência do jornalista José Luiz Datena de concorrer a uma vaga no Senado na chapa de João Doria, outros nomes começam a ser ventilados. Um deles é o do ex-presidente do Sebrae Afif Domingos. Até o momento, no entanto, ele é pré-candidato do PSD ao Palácio do Planalto.

Afif já se candidatou ao Senado em 2006.

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ZICA Guilherme Afif Domingos. Ao assumir o ministério, ele caiu e quebrou o cotovelo (Foto: Tadeu Vilani/Agência RBS)

 

Boa parte dos imigrantes venezuelanos cruza as fronteiras sem tomar vacinas

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Funcionários da prefeitura de Boa Vista, em Roraima, têm percebido a chegada de imigrantes venezuelanos à cidade desprevenidos contra doenças contagiosas, principalmente sarampo. Em tese, eles não poderiam entrar no país sem que estivessem vacinados.

Em Boa Vista, no entanto, há 132 casos confirmados de sarampo e 96 em investigação.
Na terça-feira (10), a prefeitura foi chamada às pressas para aplicar vacinas em venezuelanos que foram abrigados.

A prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, disse a EXPRESSO que 73% dos venezuelanos que chegaram à cidade estão vacinados, mas que a prefeitura não consegue atingir a todos os imigrantes porque eles não param de chegar.

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Refugiados venezuelanos ocupam um terreno baldio em Boa Vista (Foto: Reprodução)

 

 

Aliado de Alckmin ajuda adversário de Doria

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Fiel aliado do ex-governador Geraldo Alckmin, o cacique do PTB em São Paulo, o deputado estadual Campos Machado, trabalha para esvaziar a campanha de João Doria, tucano como Alckmin, ao governo de São Paulo. Machado articulou o apoio do forte sindicato dos taxistas autônomos ao atual governador, Márcio França (PSB).

Machado afirmou, em outros momentos, que Doria foi desleal a Alckmin.

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João Doria Junior,prefeito de São Paulo (Foto:  Filipe Redondo/ÉPOCA)

 


Futuro presidente do STJ cobra do governo mais recursos para a Justiça Federal em 2019

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Futuro presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro João Otávio de Noronha pleiteia mais recursos para a Justiça Federal em 2019. Tem insistido com parlamentares e representantes do governo. Nesta quarta-feira (11), ele se encontrará com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, na tentativa de sensibilizá-lo para o tema.

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O ministro João Otávio de Noronha (Foto: José Alberto/Divulgação)

 

 

 

Maioria dos delegados do MDB de Minas Gerais não quer aliança com o PT

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Uma pesquisa encomendada pelo diretório emedebista de Minas Gerais aponta que 92% dos delegados do partido não querem, diferente de 2014, uma aliança com o PT nas eleições deste ano. Ainda de acordo com o levantamento, 95% preferem que a legenda tenha candidato próprio. A relação entre os dois partidos degringolou depois que o governador Fernando Pimentel (PT) indicou a ex-presidente Dilma Rousseff para disputar o Senado, decepcionando políticos do MDB.

O resultado da pesquisa, no entanto, não quer dizer, que as duas legendas ficarão distantes em 2018. Há quem defenda uma intervenção da direção nacional do partido no diretório mineiro a fim de que o MDB possa caminhar junto com o PT.

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 O governador eleito do PT por Minas Gerais Fernando Pimentel (Foto:  Uarlen Valerio/ O Tempo/Folhapress)

 

 

A Croácia se supera. E vence a Inglaterra na força física e maturidade mental

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Destaque Belgica 2 (Foto: Getty Images)

 

O belo chute que Kieran Tripper acertou, logo no início do primeiro tempo da semifinal da Copa do Mundo entre Inglaterra e Croácia, parecia desenhar um jogo muito clássico: o time favorito abre o placar. Depois, joga a pressão para o adversário, que no desespero, avança e tenta atacar, sem muito juízo e organização. Um prato cheio para o mais forte fazer seu domínio prevalecer e aproveitar dos espaços criados para criar mais e mais chances de gol.

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É verdade que os ingleses dominaram o primeiro tempo quase que em sua totalidade. Criaram muitas chances, com base na velocidade do quarteto ofensivo formado por Harry Kane, Sterling, Dele Alli e Lingard. Eles jogavam fácil e chegavam na área da Croácia em tabelas rápidas e boas de se ver. Faltou aquele capricho na hora de mandar ao gol.

Mas aí o segundo tempo fez jus ao ditado “quem não faz, leva”. Porque a Croácia pode não ter tradição ou grandes títulos no futebol mundial, mas seu time é forte. Com os pés e com a cabeça. Pense nos valores individuais: Modric, expoente máximo de meio-campista completo no futebol mundial, ganhou 4 títulos de Liga dos Campeões nos últimos 5 anos. Nesse período, ele passou por diversas situações de pressão. Lidou com medos e ansiedades relacionadas a como vencer. Essa experiência sensorial garante ao time uma maturidade muito maior que a do adversário. Afinal, a Inglaterra tem o mais jovem time do torneio.

Não apenas Modric. Subasic tem 33 anos e joga no alto escalão europeu há anos. O mesmo com Mandzukic, dono de gols importantes nas campanhas vencedoras do Bayern de Munique e da Juventus nos últimos anos. Rakitic, Perisic, Vida, Lovren e Vrsaljko completam a gama de talentos com bola no pé e na cabeça. Todos têm entre 29 e 32 anos, faixa etária de ouro para futebolistas: é o auge físico e mental do jogador. Todos competem - e ganham - há anos na Europa.

Belgica e Inglaterra (Foto: Getty Images)

 

Era de se esperar que a reunião desses valores rendesse um coletivo mais afinado. Mas a Croácia nem sempre joga bem, como não jogou no primeiro tempo contra a Inglaterra. Na segunda etapa, afinou seu jogo. Soube explorar as deficiências de seu adversário. O gol de Perisic foi magistral e aconteceu numa falha de leitura de Kyle Walker, lateral convertido em zagueiro dentro do sistema 5-3-2 dos ingleses. O segundo tento se deu numa bola afastada pelo mesmo Walker, que viu Mandzukic correr mais e finalizar a gol.

Perceba como o jogo se encaminhou para detalhes, como vem sendo rotina na Copa do Mundo. Há também uma forte preparação física dos croatas. Quando chegaram ao 2 a 1, não houve aquele tradicional roteiro de se encolher na defesa. Pelo contrário: a equipe avançou seus jogadores com o intuito de roubar a bola mais alto. É a famosa marcação por pressão, mecanismo que o time abusa para deixar seus talentos mais confortáveis e perto do gol.

Foram 3 viradas. Nas oitavas, a Dinamarca quase roubou a vaga. Nas quartas, a Rússia esteve à frente por duas vezes. Na semi, a Inglaterra poderia ter matado o jogo. Há muito mérito em enxergar essas pequenas lacunas. É como se o time visse o erro do adversário como uma janela de oportunidade. Pior para a França, que será exigida ao máximo numa final tão alternativa como empolgante.





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