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Paulo Dalagnoli, de 'Totalmente Demais', faz ensaio inspirado em James Dean

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"James Dean cravou seu nome na história cinematográfica. Ele marcou uma época", diz Paulo Dalagnoli (Foto: Augusto Carneiro)

 

Intérprete do personagem Lírio, um jovem vaidoso e narcisista que faz de tudo para se tornar famoso, o ator Paulo Dalagnoli é um dos destaques de 'Totalmente Demais'. Ele já havia vivido o mesmo papel em 'Malhação Sonhos' — é que os autores da trama das 19h da Globo, Paulo Halm e Rosane Svartman, também escreveram a temporada da novelinha adolescente e tiveram a ideia de trazê-lo de volta. "Com o mesmo personagem, vivi duas histórias diferentes. Confesso que é um pouco estranho", diz Paulo.

"Para mim, James Dean é um ícone de comportamento e atitude", elogia Paulo Dalagnoli (Foto: Augusto Carneiro/ Divulgação)

 

Apesar da pinta de galã e da famosa barriga tanquinho que ostenta nas muitas cenas sem camisa em que aparece, o bonitão conta que ficava tímido no início. "Com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais à vontade. Se o personagem deve se despir em cena, faço isso com o  maior prazer", afirma Paulo, que posou em um ensaio inspirado em James Dean, de quem é fã.

"Para mim, ele é um ícone de comportamento e atitude. É considerado sex symbol, conhecido como rebelde sem causa, participou de alguns filmes e cravou seu nome na história do cinema. Ele marcou uma época. É símbolo de autenticidade”, comenta o ator, que, na reta final das gravações da novela, entre uma gravação e outra, bateu um papo com a coluna:

Que balanço faz da sua participação em 'Totalmente Demais'?

Muito positiva. Foi um convite da Rosane Svartman, autora da novela e com quem eu já havia trabalhado em 'Malhação Sonhos'. Confesso que é um pouco estranho, pois, com o mesmo personagem, vivi duas histórias diferentes. Mas me senti honrado pelo convite e muito feliz por fazer história, sendo que isso aconteceu pouquíssimas vezes na história da TV, como no caso da Dona Armênia, da Aracy Balabanian. 

As cenas do Lírio sem camisa têm dado o que falar. Como é fazê-las?

Ficava um pouco tímido no início, mas, passando essa primeira etapa, a timidez foi sumindo. Com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais à vontade em cena. Se o desejo do personagem é se despir, faço isso com o maior prazer. Afinal, sou ator e tenho que ser fiel a ele e representá-lo da melhor maneira possível. Apenas vivo o personagem.

O que faz para manter a forma?

Tenho uma vida muito ativa, gosto de praticar esportes. Faço musculação, jogo futebol com frequência e gosto muito de correr e andar de bicicleta na orla carioca. Mas tudo isso quando minha rotina permite. Tento manter hábitos saudáveis, até porque combina com meu estilo de vida. Não sou radical, mas evito fast-food e frituras.

Atualmente o ator Paulo Dalagnoli vive o personagem Lírio na novela 'Totalmente Demais' (Foto: Augusto Ribeiro )

 

E a sua tão comentada 'barriga tanquinho'? Como cuida dela?

Tenho um estilo de vida saudável e, como consequência, mantenho a boa forma. Mas também não posso me queixar da minha genética. Ela me salva muito. Eu gosto de comer um docinho e, às vezes, exagero em alguma coisa ou outra. Como disse, não sou radical, mas opto sempre por algo mais saudável. É possível se alimentar bem.

Como foi fazer esse ensaio inspirado em James Dean?

Foi muito legal. Me inspirei no James Dean por ele ser um ícone de comportamento e atitude. Já assisti a vários de seus filmes. O rebelde sem causa, como era conhecido, participou de alguns longas e cravou seu nome na história cinematográfica. Ele foi referência na sua época e agrada a todos ainda hoje.

Quais são seus planos para quando a novela acabar?

Tenho projetos para TV e cinema, além da expansão dos meus projetos digitais. E, se conseguir, pretendo fazer uma viagem para descansar. Meu primeiro semestre foi muito intenso.

"Tenho um estilo de vida saudável e, como consequência, mantenho a boa forma. Mas não posso me queixar da minha genética", diz Paulo Dalagnoli  (Foto: Augusto Carneiro)

 

Como lida com o assédio das fãs?

Da melhor maneira possível. Na verdade, eu gosto muito desse contato. É uma maneira de constatar que o seu trabalho está sendo reconhecido. Algumas reagem de uma maneira muito natural, conversam comigo, me elogiam, pedem para fazer fotos, mas tem casos em que a fã começa a chorar, a gritar, passar mal. Eu tento acalmar, falo que sou de carne e osso também.

Qual a cantada mais curiosa que recebeu?

Foram várias muito engraçadas, mas me recordo desta: ''Você não merece Palmas, você merece Tocantins inteiro'. 

Teve um plano B antes de ser ator?

Nunca parei para pensar, pois ninguém, quando escolhe uma profissão, acredita que ela não vai dar certo. Se, por acaso, a vida me levar a outro caminho profissional, caberá a mim a adaptação de uma nova fase.


Cartola emprega cinco parentes na Federação Catarinense de Futebol

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Delfim Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol (Foto: Alexandre Cassiano/ Agência O Globo)

 

O presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, transformou a entidade num cabide de empregos para a família. Há filho, netos, nora e até uma enteada-neta recebendo salários. Seu filho, Delfim Netto, é assessor especial. Cláudia Teixeira, nora, é chefe do departamento de registros e transferências da federação. Luís Felipe e Leonardo, netos, ocupam cargos de assessores técnicos. Já Natielli Vicente foi empregada como assistente da mãe, Cláudia Teixeira, no departamento de registros.

EXPRESSO procurou a federação para perguntar se o presidente considera normal empregar parentes na federação, se eles têm a devida qualificação técnica para ocupar as vagas e quanto cada um deles ganha. Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente se negou a responder por e-mail ou telefone. Disse que só responderia aos questionamentos pessoalmente na sede da instituição, em Balneário Camboriú. EXPRESSO perguntou o porquê e a assessoria disse ser uma “norma da diretoria”.

No dia 14 de abril, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) se julgou incompetente para avaliar denúncia contra Filho em razão de declarações dadas por ele à imprensa no fim de 2015 e começo de 2016 contra o processo de sucessão na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Delfim disse ter sido vítima de um “golpe” para que não assumisse o comando da CBF.

A Federação Catarinense de Futebol teve receitas de R$ 4,2 milhões em 2015. Quase metade do valor foi gasta no pagamento de salários. Aí foram incluídos, claro, os dos parentes de Delfim Filho, que está à frente da federação desde 1985. Cumpre seu sétimo mandato, que só se encerra em 2019.

 

Primeira viagem de Serra como chanceler será à Argentina

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José Serra (Foto: Divulgação PSDB)

 

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, escolheu a Argentina como seu primeiro destino internacional à frente da diplomacia do Brasil.

A viagem de Serra deve ocorrer no início da semana que vem. Além da pauta comercial entre as duas maiores economias da América do Sul, o tucano quer imprimir um gesto político à visita de cortesia. Quando o Senado aprovou a abertura do impeachment contra Dilma Rousseff, o que levou ao seu afastamento da Presidência da República, a chanceler Argentina, Susana Malcorra, deu uma declaração expressando "profunda preocupação" com a crise política brasileira, mas destacando ser "evidente que foram cumpridas as diretrizes estabelecidas dentro da legalidade do processo".

 

Cervejaria reduz patrocínio à Arena Fonte Nova para menos de um quarto do valor previsto

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Arena Fonte Nova, batizada pela Itaipava (Foto: Erik Salles / BAPRESS)

 

Menos de três anos depois de ter anunciado o patrocínio de R$ 100 milhões para ter o nome da Arena Fonte Nova por dez anos, a cervejaria Petrópolis, dona da Itaipava, podou o investimento. O valor caiu para menos de um quarto do que ainda deveria ser pago.

O estádio receberia R$ 76,4 milhões, número que valia até 2014, até o fim do patrocínio. Após a renegociação concluída em julho de 2015, o valor caiu para R$ 18,5 milhões – este é o montante atual a ser pago pela cervejaria até o término do contrato em 2023.

O pé no freio da Petrópolis deixou a Fonte Nova, em particular, em situação financeira delicada. Administrado por Odebrecht e OAS, que repartem em 50% para cada concessionária, o estádio teve prejuízo operacional de R$ 24,3 milhões em 2015. As construtoras comemoram o fato de o rombo ter sido 22% menor do que em 2014.

A Petrópolis adquiriu os naming rights da Fonte Nova em abril de 2013. É, até hoje, um dos raros negócios no futebol brasileiro que envolveram a cessão do nome de um estádio para uma marca. Só a Arena Pernambuco, também da Itaipava, e o Allianz Parque, arena do Palmeiras, conseguiram o mesmo. A redução na Fonte Nova, por isso mesmo, é um mau sinal para o mercado esportivo no país.

>> Arena Pernambuco 'queimou' R$ 75 milhões do governo

Na Arena Pernambuco, administrada somente pela Odebrecht, a cervejaria também reduziu o investimento. Os valores exatos ainda não são conhecidos porque as demonstrações financeiras, solicitadas por ÉPOCA há mais de dez dias, ainda não foram apresentadas.

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Cidade integrada

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odebrecht (Foto: odebrecht)


 

Primeiro teste do VLT (Foto: Reprodução)

 

O Rio de Janeiro é, literalmente, uma megacidade. Aproximando- se dos 12 milhões de habitantes, o município integra a seleta lista de maiores áreas urbanas habitadas do planeta, elaborada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Como em toda grande metrópole que experimentou um crescimento desordenado, a frágil estrutura de transporte público, o aumento da frota automobilística e a falta de modernização das vias complicaram muito o processo de locomoção das pessoas. Eleito em 2009 como cidade sede dos Jogos Olímpicos 2016, o Rio de Janeiro tem vivenciado profundas transformações devido às obras implantadas para receber a competição.

Em uma cidade que se estende para além dos seus limites, onde mais de 1 milhão de pessoas se deslocam entre diferentes municípios para trabalhar ou estudar (segundo o estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil, elaborado pelo IBGE), a questão da mobilidade urbana mostrava-se uma pauta urgente. “Todos os investimentos ocorridos nesse período eram necessários e planejados. As melhorias são para a cidade, mas também servirão aos Jogos. Trata-se de uma integração importante, capaz de oferecer mudanças efetivas para a mobilidade das pessoas no Rio”, ressalta Gustavo Guerra, presidente da Odebrecht Mobilidade. A Odebrecht participa efetivamente dessa mudança graças a investimentos de PPP (Parceria Público-Privada), iniciativa que permitiu o financiamento de 60% dos custos dos Jogos Olímpicos, atuando como investidora, construtora e operadora.

Uma das principais apostas da empresa foi investir em projetos de valorização do planejamento urbano, capazes de integrar diferentes tipos de meio de transporte; entre eles estão a SuperVia, o Metrô, o VLT e o BRT. “É preciso desenvolver projetos de integração pensados para uma metrópole e não apenas para as necessidades individuais de cada município. Mudar esse ponto de vista é uma evolução fundamental para que se possa oferecer um serviço de qualidade e com tarifas mais justas”, diz Gustavo Guerra.

Construção de novas vias de acesso
Em cidades com uma grande frota automobilística, não há como negligenciar o uso do carro como meio de transporte. Para desafogar parte do trânsito carioca, dois grandes projetos foram implantados em trechos de gargalo: o Novo Joá e a Transolímpica. “Além da melhoria no fluxo e do aumento da capacidade de tráfego, o principal legado é o avanço na qualidade de vida dos moradores”, destaca Rogério Dourado, diretor de contrato do Novo Joá.

Novo Joá
A ser concluída ainda no primeiro semestre do ano, a obra encontra-se em processo de finalização. O novo elevado foi construído paralelamente ao antigo e contará com pistas mais largas, novas faixas de rolamento, dois novos túneis, um viaduto, uma ponte e uma ciclovia de 3.100 m de extensão com uma bela vista para o mar.

A obra de ampliação, idealizada pela Fundação Geo-Rio e realizada pela Construtora Norberto Odebrecht, teve início no segundo semestre de 2014 e foi construída em um curto período, considerando- se a complexidade do projeto. “O maior desafio foi a logística: executar a obra sem interferir na rotina dos moradores da região e nem no funcionamento do antigo elevado”, destaca Rogério Dourado. Para isso, foram utilizadas metodologias construtivas de ponta, que previram o uso de vigas e lajes pré-moldadas em concreto, estrutura mista, balanço sucessivo, entre outros materiais e processos inovadores. Quando estiver concluído, o Novo Joá permitirá um aumento de cerca de 35% na capacidade de tráfego entre as Zonas Sul e Oeste. Hoje, estima-se que 100 mil veículos façam esse deslocamento diariamente, nos dois sentidos.

VLT
O Veículo Leve sobre Trilhos interligará a região portuária, o centro financeiro e o aeroporto Santos Dumont. Com 28 km de extensão, funcionará 24 horas por dia e atenderá 300 mil passageiros diariamente.

SUPERVIA
Reforma e modernização de seis estações olímpicas. As primeiras foram inauguradas no início deste ano e oferecem mais conforto e segurança aos passageiros, além de atender aos padrões definidos pelo Comitê Olímpico Internacional.

METRÔ LINHA 4 
Com capacidade para transportar 300 mil pessoas por dia, a Linha 4 vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca, conectando as Zonas Sul e Oeste.

TRANSOLÍMPICA
A pista expressa irá conectar as maiores instalações dos Jogos Olímpicos Rio 2016, como a Vila dos Atletas, o Parque Olímpico e o Parque Radical. A via integrará o Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, a Deodoro, na Zona Norte do município. Com a nova via, estima-se que a trajetória de 26 km poderá ser percorrida em apenas 30 minutos – atualmente, o tempo de viagem entre as Zona Norte e Oeste é de 2 horas e meia.

Ilhas Seicheles, no Oceano Índico, possuem uma das praias mais bonitas do mundo

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Trecho da praia Anse Source d’Argent, em La Digue, Seicheles, considerada uma das mais belas do planeta (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Quais são as 10 praias mais bonitas do mundo? Revistas internacionais e guias de turismo sempre tratam de enumerar as Top 10. Ou as Top 20 ou 25, quando a lista fica muito longa e não dá para cortar muitas. Lonely Planet, Condé Nest Traveller ou TripAdvisor animam seus leitores a mandar sugestões e votos. Obviamente, a cada ano, a lista muda, dependendo do humor e do universo dos leitores que respondem à pesquisa.

Como os editores precisam ser politicamente corretos, a lista acaba incluindo praias na África, Ásia e Europa. O Brasil, quando está em alta na mídia internacional – como foi o caso da Copa e agora nas Olimpíadas -, tem conseguido emplacar alguns destinos, como Fernando de Noronha e Ilha Grande.

Uma constante em todas as listas é a presença do Caribe, com as ilhas Turcos e Caicos, Bermuda ou Porto Rico. Dois outros grupos também estão sempre presentes na classificação das melhores: as ilhas da Polinésia, no Pacífico, e as praias de Maurício ou do Arquipélago de Seicheles, no Oceano Índico.

Na sua tabela de 2016, o jornal britânico The Guardian considera que a mais bela praia é a Anse Source d’Argent, localizada na ilha La Digue, em Seicheles. O nome já é mágico por si só: Angra (ou Enseada) Fonte de Prata.

Os blocos de granito talhados pela erosão é a marca registrada da praia Anse Source d’Argent (Foto: © Haroldo Castro/Época)

La Digue é a terceira ilha mais povoada do Arquipélago de Seicheles, embora abrigue apenas 2.800 residentes. Mas, graças a um charme sem igual, a ilha pode receber algumas centenas de visitantes adicionais que vêm passar o dia nesse cenário paradisíaco. Como o local é muito pequeno – apenas 10 quilômetros quadrados –, não há aeroporto e só se chega a La Digue por barco.

Vindos da Ilha Praslin, logo que desembarcamos do catamarã, somos levados por Gabriel Michol até a entrada de Anse Source d’Argent. O guia dirige uma das poucas vans da ilha – existiriam apenas uma meia dúzia delas. Até pouco tempo, não havia nenhum veículo motorizado em La Digue e o meio de transporte mais comum continua sendo a bicicleta, tanto para locais como para visitantes.

A famosa praia está situada no sudoeste da ilha em uma propriedade particular, Union Estate. Todos os visitantes contribuem na entrada com 100 rupias de Seicheles, o equivalente a 25 reais. Os fundos são usados para manter a propriedade em bom estado de conservação.

Não se chega de carro até a areia. Nos despedimos de Gabriel e combinamos que ele viria nos buscar algumas horas mais tarde para nos mostrar outras paisagens da ilha. Por uma trilha bem cuidada, passando por coqueiros e enormes pedras, nos aproximamos da “mais bela praia do mundo”. A areia é levemente rosada e a cor da água, transparente e pouco profunda, varia entre o verde, o turquesa e o azul-claro. Por causa de uma barreira de coral, as ondas não chegam até a beira. O mar parece uma deliciosa banheira de água morna.

Guardamos todos os apetrechos fotográficos e continuamos nossa pesquisa, agora boiando em uma água deliciosa a 29º C! O litoral é tão raso que podemos ficar sentados ou deitados e com o corpo todo dentro d’água. Daqui, o visual da praia é ainda mais surpreendente: a estreita faixa de areia é cercada pelo verde intenso da vegetação e por enormes blocos de granitos, trabalhados pela erosão dos séculos.

De dentro d’água, a vista da praia Anse Source d’Argent com suas enormes pedras arredondadas (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Difícil sair desse espaço maravilhoso, colocar uma camisa e pendurar novamente câmeras fotográficas no pescoço. Mas o dever nos chama!

Na saída encontramos uma barraca de sucos de frutas. O jamaicano oferece bebidas e coquetéis de todo tipo. Não nos impressionamos com as frutas tropicais, as mesmas que podemos encontrar em qualquer feira livre no Rio de Janeiro. Mas os europeus enlouquecem quando descobrem carambolas, goiabas, graviolas e jambos.

Jamaicano oferece todo tipo de bebidas de frutas tropicais, na trilha da praia Anse Source d’Argent (Foto: © Haroldo Castro/Época)
Um jovem coqueiro nasce entre os blocos de granito na trilha da praia Anse Source d’Argent (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Não precisamos sair da propriedade Union Estate para descobrir outra maravilha de Seicheles: a tartaruga-gigante do Atol de Aldabra (Aldabrachelys gigantea ou Geochelone gigantea). Competindo com a tartaruga-gigante-de-galápagos pelo título de mais pesada e maior do mundo, a de Aldabra é conhecida pela ciência há mais de 200 anos.

Diferentes subespécies existiam em outras ilhas do Oceano Índico, mas, nos últimos séculos, os colonos europeus praticamente as exterminaram. A única espécie que conseguiu sobreviver foi a originária no Atol de Aldabra, parte do arquipélago de Seicheles. Uma população de 100 mil animais vive em estado selvagem no atol que não é habitado e só possui uma estação científica. Existem algumas centenas da mesma tartaruga em outras ilhas de Seicheles e até mesmo em Maurício, introduzidas pelos humanos.

O casco de um macho pode chegar a 125 cm e o peso de um adulto atinge a marca dos 250 quilos. Uma tartaruga em cativeiro no Zoológico de Calcutá, na Índia, teria chegado a 255 anos de idade. A espécie é considerada como vulnerável à extinção – com risco de desaparecimento a médio prazo – pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

A tartaruga-gigante-de-aldabra é herbívora (Foto: © Haroldo Castro/Época)
Filho de turista chinês sobe em cima do casco de uma tartaruga-gigante para ser fotografado pelo pai, desrespeitando a proibição (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Como prometido, Gabriel está a nossa espera. Enquanto estávamos na Anse Source d’Argent, ele fez três corridas com outros visitantes, tratando de ser o mais eficiente possível com seu veículo tão procurado.

Agora é a nossa vez de dar uma volta ao redor da ilha por uma estradinha estreita, mas muito decente. Gabriel nos avisa que pode parar a qualquer momento para que possamos sair para fotografar. Bastou ele falar e a primeira parada é imediatamente solicitada. E a segunda, a terceira e a quarta... A cada curva que a estrada faz, margeando o mar, surgem novas paisagens estonteantes. Assim como a Praia Anse Source d’Argent, existem pelo menos uma dúzia de outras praias maravilhosas em La Digue.

Um bloco de granito rosa no litoral em La Digue, no arquipélago de Seicheles (Foto: © Haroldo Castro/Época)
As águas turquesas transparentes e as enormes pedras de granito são a marca registrada de La Digue, em Seicheles (Foto: © Haroldo Castro/Época)

* Haroldo Castro e Giselle Paulino viajaram para Seicheles a convite da Costa Cruzeiros a bordo do Costa neoRomantica, durante um cruzeiro no Oceano Índico.

Paranaenses barram exploração de gás de xisto diante do risco ambiental

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Campanha na Câmara de Vereadores de Umuarama com faixas contra o xisto (Foto: divulgação)

 

A  cidade de Umuarama, no noroeste do Paraná, foi o cenário de uma decisão importante para o país. Numa atitude inédita no Brasil, a Câmara proibiu a extração de gás de xisto, uma atividade perigosa para o ambiente, para as pessoas e para a economia da região.

Próxima às divisas com São Paulo e Paraguai, Umuarama tem 100 mil habitantes e uma maldição: é rica em gás “de xisto”, como ficou conhecida a formação de gás metano, altamente combustível, em camadas profundas do subsolo. Sua extração tem se tornado possível com a tecnologia do fraturamento hidráulico (fracking), cujos riscos para a saúde e o ambiente são irreversíveis.

Eis que na última semana uma mobilização colocou um ponto final nessa ameaça. Manifestantes foram às ruas com cartazes anti-fracking, participaram de eventos e conversaram com políticos sobre a prática. Logo tiveram uma resposta positiva: no último dia 9, o prefeito encaminhou um projeto de lei à Câmara Municipal para proibir a exploração do gás. E a vitória não tardou: no último sábado, uma sessão extraordinária foi convocada exclusivamente para resolver a questão. Com a casa lotada, os vereadores foram unânimes em aprovar a lei, que proíbe a concessão de alvará ou licença para exploração do gás de xisto no município.

>> O risco do gás de xisto na  Amazônia  

Um dos argumentos mais sensíveis para a aprovação considerou a produção agropecuária da região, que lidera o PIB agropecuário do Paraná. “A contaminação da água, através dos aquíferos Guarani e Serra Geral, colocaria em xeque os alimentos, a credibilidade e a vocação do lugar”, segundo o engenheiro e coordenador da Coalização Não Fracking Brasil, Juliano Bueno de Araújo.

>> Gás americano extraído do xisto chega ao Brasil

Ainda há outras 122 cidades sob ameaça de fracking no estado, segundo a Prefeitura de Umuarama. Por isso, uma blindagem contra seus efeitos - caso a exploração ocorra em outra cidade - ainda exigiria leis municipais que proibissem o uso da água e do transporte dentro do município para fins relacionados ao fracking. Quando a Agência Nacional do Petróleo libera a atividade em território nacional e abre leilões à revelia das recomendações científicas da SBPC e da ABC, resta aos municípios se protegerem no nível local. Em 2014, o município de Cascavel, também no Paraná, já havia aprovado a mesma legislação.

O fracking usa milhões de litros de água para dissolver mais de 600 tipos de solventes altamente tóxicos que causam fraturas nas rochas, permitindo a liberação do gás que está no subsolo. Além de contaminar a água e o solo e emitir gases que agravam o aquecimento global, estudos nas universidades americanas de Missouri e Johns Hopkins associam o fracking a abalos sísmicos e a diversas doenças, como câncer, doenças cardíacas e até nascimentos prematuros, infertilidade e mortalidade infantil.

Sob pressão da Coalizão Não Fracking Brasil, presente em 12 estados brasileiros sob a mira do fracking, a vitória no pequeno município paranaense fica famosa entre outras cidades pelo mundo que estão protestando contra a exploração de combustíveis fósseis nesta mesma semana: no Ceará, manifestantes bloquearam a passagem da rodovia que leva carvão à termelétrica de Pecém; na Alemanha, uma carvoaria foi ocupada por dois dias pelos ativistas e impedida de funcionar. Tudo nesse mesmo fim de semana. Mas, até agora, nenhum lugar apresentou um resultado tão expressivo e veloz como Umuarama.

As manifestações integram a campanha “Break free from fossil fuels” (Liberte-se dos combustíveis fósseis), que reuniu diversas ONGs de combate às mudanças climáticas. Para articular populações locais que brigam pela conservação dos seus territórios, a coalizão global escolheu o mês de maio e programou ações concomitantes em seis países.

A movimentação tinha tudo para ser ignorada no Brasil, já que não há sala para se discutir outra coisa por aqui que não seja a crise política. Mas parece que justamente o clima de instabilidade política inspirou soluções no parlamento umuaramense, que deve guiar outras cidades contra o fracking. Se “algo tão pequeno como o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo”, como defendeu o matemático Edward Lorenz em 1963, o recado da pequena Umuarama pode evitar tufões, abalos e outros eventos climáticos extremos.

*Ana Carolina Amaral é jornalista, mestra em Ciências Holísticas pelo Schumacher College (Reino Unido) e moderadora da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.

New York City Discotheque, do Rio, vira livro 40 anos depois

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A fachada da New York City Discotheque, que ficava no número 22 da Visconde de Pirajá, em Ipanema (Foto: Joan Wattimo)

 

Era no número 22 da Rua Visconde de Pirajá em Ipanema, onde hoje existe apenas um estacionamento, que ficava a New York City Discotheque. Pioneira no Brasil, a discoteca marcou a noite carioca dos anos 1970, inspirando, posteriormente, Ricardo Amaral e Nelson Motta, que abriram suas próprias boates, a Papagaios e a Dancin' Days. 

Agora, a história da casa trazida dos Estados Unidos ao Brasil por Carlos Wattimo é contada por Mário Abbade e o crítico de cinema Celso Rodrigues Ferreira Junior no recém-lançado livro 'A Primeira e Única New York City: a Discoteca que Iniciou a Era Disco no Brasil” (Editora Autografia). Em 128 páginas, eles descrevem os embalos e episódios que se sucederam na boate que abriu as portas em 20 de maio de 1976. 

O livro rememora também personagens como Ricardo Lamounier, o primeiro DJ brasileiro a trazer as inovadoras técnicas de som de Nova York para o Brasil. “Existiam outras casas, mas tocavam música brasileira também e contavam com a apresentação de artistas brasileiros. A NYCD trouxe para o Rio o que depois foi mostrado no filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977). E coincide com o boom da disco music no Brasil e no mundo. Por isso, elapassa a ser copiada por todos”, explica Abbade.


Em gafe, ministro esquece nome de deputado e precisa de 'cola' de líder

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Deputado sopra nome de líder do PV para o ministro Geddel Vieira Lima (Foto: Reprodução)

 

Geddel Vieira Lima, o ministro responsável pela articulação política de Michel Temer, cometeu um deslize na coletiva de imprensa desta tarde, ao comentar sobre os cotados para assumir a liderança do governo na Câmara.

Geddel disse que a indicação para o Posto é uma prerrogativa do presidente interino, diferentemente do comando das bancadas, que são eleitos. Ele usou como exemplo os deputados que o acompanharam na coletiva e passou a contar o caso de cada um: "o Jovair Arantes foi eleito líder pelo PTB, o deputado Aguinaldo Ribeiro foi escolhido pelo PP..." Na hora de se referir ao terceiro parlamentar presente, o novo líder do PV, Evandro Gussi, o ministro da Secretaria de Governo não conseguiu se lembrar quem era o parlamentar. Percebendo a gafe, Jovair "soprou" para Geddel o nome de Gussi, desfazendo a situação embaraçosa.

O esquecimento de Geddel se justifica. Até assumir a liderança do PV no lugar de Sarney Filho, que virou ministro do Meio Ambiente, Gussi era um discreto deputado do baixo clero, pouco notado na Câmara. 

É bom que Geddel diga ao presidente interino Michel Temer que Gussi é o novo líder do PV. Temer ficou de manter encontros semanais com os líderes partidários. Não precisa cometer a mesma gafe de Geddel.

 

 

Hit de Anitta vira tema de filme com Mariana Ximenes; assista ao clipe

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Mariana Ximenes vive ex-bailarina em comédia que estreia em junho (Foto: Reprodução)

 

'Essa Mina é Louca', de Anitta, é uma das músicas que embalam as confusões da comédia 'Uma Loucura de Mulher', que traz Mariana Ximenes na pele de uma ex-bailarina. Após sofrer uma desilusão com o marido, ela foge de sua cidade para o Rio de Janeiro, em busca de realizar seus sonhos. 

Escrito e dirigido por Marcus Ligocki Jr., o longa que estreia dia 2 de junho acaba de ganhar um videoclipe com a faixa cantada pela funkeira.  Além dela, Paula Mattos, Ferrugem e Biel, um fenômeno entre os adolescentes, também contribuem para a trilha sonora. 

 

Estado do Espírito Santo contesta juros cobrados pelo governo federal no STF

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O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (Foto: Renato Araújo/ABr)

 

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), terá encontro nesta terça-feira (17) em Brasília com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Barroso é relator de ação interposta pelo governo capixaba para questionar juros cobrados pela União em operação de adiantamento do valor de royalties do petróleo (R$ 350 milhões) em 2003. O estado do Espírito Santo diz que os lucros da União com a operação são desproporcionais. Hartung tentará sensibilizar Barroso em relação à questão. Barroso está com o processo concluso em seu gabinete desde a metade de fevereiro.

Em sua viagem a Brasília, Hartung aproveitou para encontrar o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, e solicitar uma linha de crédito para financiar obras de saneamento.

 

Filho do presidente da Câmara em exercício tem mais de R$ 230 mil bloqueados

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Waldir Maranhão, presidente interino da Câmara (Foto: Agência Câmara dos Deputados)

 

Thiago Augusto Maranhão, filho do presidente da Câmara em Exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), teve mais de R$ 230 mil bloqueados por uma decisão da Justiça do Estado.

Ontem, o juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís, determinou, em liminar, a indisponibilidade de bens de Thiago Augusto por conta do tempo em que ele recebeu por um cargo de confiança no Tribunal de Contas do Estado. Entre novembro de 2013 e maio de 2016, o filho de Waldir Maranhão teve salário de R$ 6,5 mil mensais por uma função comissionada na Corte. Acontece que, no mesmo período, ele trabalhou e fez uma pós-graduação em São Paulo.

"Nesse contexto, os autores demonstraram documentalmente que o réu Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso recebeu valores referentes ao exercício de um cargo em comissão no Tribunal de Contas do Maranhão ao tempo em que exercia outras atividades no Estado de São Paulo, o que por certo inviabilizaria o efetivo exercício de tal cargo", escreve, em seu despacho, o juiz.

Para o cumprimento da decisão, o juiz determinou o bloqueio de ativos financeiros e de veículos em nome de Thiago Augusto, além da expedição de ofício a cartórios de imóveis do Estado comunicando a indisponibilidade de bens.

Melo Martins também decidiu que seja feito um recadastramento de todos os funcionários do Tribunal de Contas do Estado, para a identificação de outros possíveis funcionários fantasmas.

Procurada, a assessoria de Waldir Maranhão disse que ele não comentaria a decisão.

 

Ex-presidente da EBC recorre de exoneração assinada por Temer

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O ex-presidente da EBC Ricardo Melo (Foto: Agência Brasil)

 

Ricardo Melo, que até segunda-feira (16) ocupava a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), no final da tarde, para contestar o ato do presidente em exercício, Michel Temer, de exonerá-lo do cargo. Melo, que assumiu o Posto no começo de maio, tem mandato de quatro anos.

O recurso de Melo classifica a decisão de Temer como “abusiva, ilegal e arbitrária” e pede sua anulação para que possa retornar à função. Solicita ainda que o Ministério Público se manifeste no caso.

O relator do mandado de segurança de Melo ainda não foi designado.

 

Bruno Ferrari fala do filho com Paloma Duarte: "As fichas ainda estão caindo"

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Bruno Ferrari vive o briguento Xavier na novela 'Liberdade, Liberdade': "Já fui assim.  (Foto: Reprodução/ TV Globo)

 

Há três semanas, Bruno Ferrari e Paloma Duarte foram surpreendidos pela chegada do primeiro filho deles, Antônio, um pouco antes do esperado. "Ele nasceu bem, forte, com quase três quilos. Não precisamos ficar no hospital. A sensação é muito boa, as fichas ainda estão caindo", diz o intérprete do destemido Xavier, de 'Liberdade, Liberdade'. 

Nos próximos capítulos da trama das 23h, a temperatura vai esquentar ainda mais entre Xavier, Branca e Rosa, vividas por Nathália Dill e Andréa Horta, que formam com ele um triângulo amoroso. "Acho as cenas de sexo da novela são lindas. Elas retratam o comportamento da época. E eu não tenho o menor pudor com isso", entrega.

Como está a vida de pai? 

cho que as fichas estão caindo agora, e a sensação é muito boa. Estamos muito felizes, Paloma tem duas meninas, é o primeiro menino dela, o que torna tudo novo para os dois. Antonio nasceu bem, forte com quase três quilos, apenas alguns dias antes do previsto, não precisamos ficar no hospital, apenas para a recuperação da Paloma. 

Paloma te ajuda a decorar os textos? 

Sim, sempre trocamos muito, gostamos do que fazemos, não é trabalho, é prazer.

Bruno Ferrari e a mulher, a atriz Paloma Duarte: " (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Como foi sua preparação para esse universo de capa e espada da novela?

Fizemos uma preparação intensa de leituras, aulas de esgrima, etiqueta. Essas foram as preparações em conjunto. Sozinho, gosto muito de ler os capítulos várias vezes até entender a cabeça do personagem, como ele se relaciona com cada um, como o vejo em cada situação e por aí vai. Também temos uma equipe maravilhosa de dublês.

E o trabalho ao lado de Andréa Horta e Nathalia Dill?

São duas excelentes atrizes, tem sido um prazer contracenar com elas. Andreia, eu já havia trabalhado e sempre fui fã, é uma atriz visceral, que se entrega a cada cena. Nathália, eu já conhecia, mas nunca havia trabalhado. Ela sabe o que quer, aprecia a construção. Estou muito feliz e bem amparado. 

Xavier é bem briguento, não tem papas na língua. Você também é assim?

Já fui. Hoje, não mais. A idade vai deixando a gente mais calmo.

Bruno posa com Andréa Horta num intervalo da gravação de 'Liberdade, Liberdade': "Ela é  (Foto: Reprodução/ TV Globo)

 

É tranquilo para você fazer as cenas de sexo?

Acho que o nosso horário permite ir um pouco além, e cenas de sexo podem ficar lindas, sendo bem inseridas no contexto. Não é só uma questão de sexo, nudez, as cenas retratam o comportamento da época, como o escravo ser obrigado a transar com a patroa, o pudor das moças de família... E eu não tenho menor problema com isso, já fiz muitas cenas assim.

Como está lidando com a questão do momento político do Brasil?

Wagner Moura escreveu tudo que penso de uma forma muito lúcida e sensata. Qual seria a saída? Vamos fazer novas eleições? Reforma política? Falta debate com a sociedade, sobre o futuro, sobre como evitar que essas coisas se repitam. O povo está de fora dessas decisões e isso é muito grave, fica assistindo a tudo como se fosse um jogo de futebol.

Se quiser, Dilma terá dez dias para responder à interpelação de deputados

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Dilma Rousseff discursa durante evento no Palácio do Planalto (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A ministra Rosa Weber (STF) concedeu, na segunda-feira (16), o prazo de dez dias para que a presidente afastada, Dilma Rousseff, responda, se quiser, à interpelação judicial sobre qual “golpe” estaria em curso no Brasil. A interpelação partiu dos deputados Julio Lopes (PP-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Paulinho da Força (SD-SP), Rubens Bueno (PPS-SP), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA) com base em declarações de Dilma. Eles solicitam que a presidente afastada aponte quem são os “golpistas” e quais medidas, na condição de chefe de governo e chefe de Estado, tomou para resguardar a República dos supostos “golpistas”.

Em seu despacho, a ministra Rosa Weber destaca que, neste momento, o juiz não emite juízo de valor sobre o pedido de explicações e que a medida é preparatória e facultativa para o oferecimento da queixa em virtude de possíveis evidências de crime de difamação e injúria.

 


Como o aborto afeta os homens

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A primeira vez que eu me envolvi com um aborto tinha 19 anos. Conheci uma garota, saímos alguns dias, então ela me contou que iria fazer um aborto, do namorado anterior. Uma amiga a levou à clínica e eu cuidei dela na volta, durante a noite. Lembro que estava abatida, mas não me pareceu coisa grave. Eu era garoto, porém. Não saberia ler os sinais. Mesmo homens maduros têm um déficit de sensibilidade nesse assunto.

Na minha geração – e no meu grupo social - as mulheres abortavam com aparente naturalidade. Abortar trazia problemas de ordem médica, legal e financeira, mas raramente de ordem moral. Sem muita discussão, se assumia que esse era o jeito de lidar com a gravidez indesejada. A Aids não existia, as pessoas queriam ser livres para transar e o aborto era o preço a ser pago.

Hoje me parece que talvez não houvesse - naquele tempo e naquele grupo social - espaço emocional para discutir as angústias femininas decorrentes do aborto.

Falei outro dia com uma amiga que estudou na USP na mesma época que eu e ela me contou uma história que sugere a existência de traumas clandestinos. Ela abortou do namorado a quem amava e teve uma depressão aos 20 anos. Diz que até hoje pensa no filho que não teve – embora tenha tido três filhos depois disso.

Ao contrário de um monte de gente que acha que os sentimentos dolorosos das mulheres no aborto são naturais e inevitáveis, eu tendo a achar que eles são aprendidos socialmente. Outras épocas, outras civilizações, trataram e tratam esse assunto de maneira diferente. Não existe apenas uma sensibilidade possível. Uma mulher sueca e uma mulher brasileira provavelmente terão sentimentos distintos diante dessa experiência. Depende do que ela ouviu sobre o assunto desde infância, depende do tipo de religiosidade ao seu redor, depende da relação com o homem envolvido, depende inteiramente da forma como o aborto for feito – às claras, num hospital, com amparo médico e social, ou na clandestinidade, como delinquente, sob risco de ser presa ou morrer num leito improvisado.

A culpa que muitas mulheres brasileiras carregam diante de um aborto não pode ser dissociada da situação de criminalidade a que elas estão sujeitas, e que não existe em vários países.

Constatar isso não muda nada, porém.

Cultural ou não, induzida pela ilegalidade ou não, a situação emocional a que as mulheres estão expostas existe concretamente – e produz, em muitos casos, resultados desastrosos. Abortos são frequentemente seguidos de culpa e depressão, e muitas relações de casal são abaladas ou destruídas por ele. A percepção racional de que a maternidade é uma opção parece colidir com o sentimento – presente em muitas mulheres - de que toda gravidez precisa ser concluída, mesmo em circunstâncias ruins e com parceiros inadequados. Mesmo indesejada.

O que eu, um homem, tenho a ver com isso? Por que estou me metendo num assunto que diz respeito essencialmente às mulheres, seus corpos e seus sentimentos – os quais eu, provavelmente, nem sou capaz de entender? Resposta: porque eu descobri que o aborto diz respeito também aos homens. Ele afeta a vida das mulheres que amamos e consequentemente as nossas vidas.

A segunda e última vez em que participei de um aborto eu já era adulto. Pude perceber – de perto – os graves sentimentos femininos envolvidos nessa decisão. Primeiro, dúvida, angústia e medo, muito medo. Depois culpa, tristeza e rejeição. Eu pensei ter sido total e inteiramente solidário, dando a ela o poder de escolha e apoio em qualquer decisão, mas descobri, rapidamente, que minha participação fora insuficiente. Emocionalmente. Não consegui compartilhar a complexidade dos sentimentos dela. Nem sei realmente se tentei. Nem sei se seria possível. Sentindo-se sozinha, ela se isolou, nos afastamos, e a relação terminou antes que acabassem os sentimentos.

Essa experiência não mudou o que eu penso a respeito do assunto, mas retirou das minhas convicções a simplicidade que elas tinham anteriormente.

Continuo acreditando que o aborto é uma escolha pessoal intransferível, que deveria ser decidido somente pelos valores das mulheres envolvidas. Não deveria ser tratado pelo Estado laico como questão religiosa e muito menos como assunto de polícia.

Mas hoje eu sei que o aborto não é um mero ato cirúrgico, como pensavam muitos da minha geração. Sobretudo se há amor no interior do casal. Pelas complexidades culturais e religiosas do Brasil, e sobretudo pela criminalização, é inevitável que muitas mulheres saiam traumatizadas da experiência do aborto – e precisem de todo apoio e de muita compreensão dos seus parceiros.

O homem que encarar um aborto da mulher que ama com leveza corre o risco imenso de perdê-la.

. (Foto: .)

 

Susan Sarandon e Woody Allen em pé de guerra? Entenda a saia-justa

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Susan Sarandon acusou Woody Allen publicamente em Cannes: "Acho que ele agrediu sexualmente uma criança", disse ela  (Foto: Divulgação)

 

Não é de hoje que comentários dão conta que Susan Sarandon não é lá muito fã de Woody Allen. Mas agora, a velha rixa entre eles ganha um novo capítulo. Tudo porque a atriz, destaque no Festival de cinema de Cannes, deu uma entrevista durante o evento no qual foi perguntada sobre o cineasta, que participa do festival lançado seu novo filme, 'Cafe Society'. Bem direta, ao ser perguntada se tinha visto o novo longa-metragem do diretor, ela soltou: "Não tenho nada de bom a dizer sobre Woody Allen, então eu não acho que devemos ir para esse assunto", disse ela ao repórter do The Guardian que a interpelava. O jornalista insistiu e atriz se explicou: "Acho que ele agrediu sexualmente uma criança e eu não acho que isso é certo. Sei que tudo sobre isso é sigiloso, mas acho que isso é verdade", desabafou Sarandon.

Os atores Kristen Stewart e Jesse Eisenberg são dirigidos por Woody Allen em 'Cafe Society'  (Foto: Reprodução)

 

Como se não bastasse a saia-justa, o lançamento do novo filme de Allen tem sido ofuscado por um texto escrito por Ronan Farrow, único filho biológico do diretor com a atriz Mia Farrow. Ronan, que é jornalista, escreveu artigo para a revista americana 'The Hollywood Reporter' acusando o pai de ter abusado sexualmente de sua irmã adotiva, Dylan Farrow, quando ela tinha 7 anos. O caso teria ocorrido em 1990. A própria Dylan já publicou uma carta aberta relatando o suposto abuso, que foi negado prontamente por Woody Allen.

Senador recolherá assinaturas para tentar mudar Lei do Impeachment

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Walter Pinheiro (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

 

O senador Walter Pinheiro, que deixou o PT em março, disse que recolherá assinaturas nesta semana para apresentar uma proposta de emenda à Constituição a fim de mudar a Lei de Impeachment. Entre as sugestões de mudanças está a diminuição do tempo de suspensão do presidente após a admissibilidade do processo no Senado: de 180 dias para 90 dias.

Ainda de acordo com a proposição de Pinheiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal assumiria a Presidência da República – e não mais o vice-presidente. 
O argumento é que o vice pode articular politicamente para se manter no cargo.
Outra alteração que Pinheiro quer propor é sobre o quórum necessário para a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment, que deixaria de ser por uma maioria simples (42 votos) e substituída pela qualificada. Ou seja, dois terços da Casa.

Walter Pinheiro, embora tenha deixado o PT, votou contra a admissão do processo de impeachment.

 

 

Raupp articula para ficar com vaga de Jucá na Mesa do Senado

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Valdir Raupp (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

 

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) tem pleiteado a vaga deixada por Romero Jucá (PMDB-RR) na Mesa Diretora do Senado.

Jucá, nomeado pelo presidente interino Michel Temer ministro do Planejamento, era também 2º vice-presidente do Senado.

Pelas regras da Casa, que leva em conta a proporcionalidade das bancadas, o posto na Mesa é uma indicação que cabe ao PMDB. 

 

 

PDT expulsa deputados que votaram a favor do impeachment da executiva do partido

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Carlos Lupi (Foto: Elza Fiúza/Abr)

 

O PDT expulsou da executiva nacional do partido quatro deputados que votaram a favor da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril, na Câmara. Dois deles, inclusive, foram afastados da presidência de diretórios locais: Mário Heringer, de Minas Gerais, e Hissa Abrahão, do Amazonas. A direção da sigla quer, ainda, tirar o deputado Sérgio Vidigal da presidência do diretório estadual do Espírito Santo. Completa a lista dos expulsos da executiva o deputado Subtenente Gonzaga (MG).

Outros parlamentares estão na lista dos que deverão ser punidos, aguardando parecer da comissão de ética do partido. Mesmo os já afastados das direções locais correm o risco de expulsão, pois o processo ainda não foi concluído, afirma o presidente da legenda Carlos Lupi.

 





 

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