
Intérprete do personagem Lírio, um jovem vaidoso e narcisista que faz de tudo para se tornar famoso, o ator Paulo Dalagnoli é um dos destaques de 'Totalmente Demais'. Ele já havia vivido o mesmo papel em 'Malhação Sonhos' — é que os autores da trama das 19h da Globo, Paulo Halm e Rosane Svartman, também escreveram a temporada da novelinha adolescente e tiveram a ideia de trazê-lo de volta. "Com o mesmo personagem, vivi duas histórias diferentes. Confesso que é um pouco estranho", diz Paulo.

Apesar da pinta de galã e da famosa barriga tanquinho que ostenta nas muitas cenas sem camisa em que aparece, o bonitão conta que ficava tímido no início. "Com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais à vontade. Se o personagem deve se despir em cena, faço isso com o maior prazer", afirma Paulo, que posou em um ensaio inspirado em James Dean, de quem é fã.
"Para mim, ele é um ícone de comportamento e atitude. É considerado sex symbol, conhecido como rebelde sem causa, participou de alguns filmes e cravou seu nome na história do cinema. Ele marcou uma época. É símbolo de autenticidade”, comenta o ator, que, na reta final das gravações da novela, entre uma gravação e outra, bateu um papo com a coluna:
Que balanço faz da sua participação em 'Totalmente Demais'?
Muito positiva. Foi um convite da Rosane Svartman, autora da novela e com quem eu já havia trabalhado em 'Malhação Sonhos'. Confesso que é um pouco estranho, pois, com o mesmo personagem, vivi duas histórias diferentes. Mas me senti honrado pelo convite e muito feliz por fazer história, sendo que isso aconteceu pouquíssimas vezes na história da TV, como no caso da Dona Armênia, da Aracy Balabanian.
As cenas do Lírio sem camisa têm dado o que falar. Como é fazê-las?
Ficava um pouco tímido no início, mas, passando essa primeira etapa, a timidez foi sumindo. Com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais à vontade em cena. Se o desejo do personagem é se despir, faço isso com o maior prazer. Afinal, sou ator e tenho que ser fiel a ele e representá-lo da melhor maneira possível. Apenas vivo o personagem.
O que faz para manter a forma?
Tenho uma vida muito ativa, gosto de praticar esportes. Faço musculação, jogo futebol com frequência e gosto muito de correr e andar de bicicleta na orla carioca. Mas tudo isso quando minha rotina permite. Tento manter hábitos saudáveis, até porque combina com meu estilo de vida. Não sou radical, mas evito fast-food e frituras.

E a sua tão comentada 'barriga tanquinho'? Como cuida dela?
Tenho um estilo de vida saudável e, como consequência, mantenho a boa forma. Mas também não posso me queixar da minha genética. Ela me salva muito. Eu gosto de comer um docinho e, às vezes, exagero em alguma coisa ou outra. Como disse, não sou radical, mas opto sempre por algo mais saudável. É possível se alimentar bem.
Como foi fazer esse ensaio inspirado em James Dean?
Foi muito legal. Me inspirei no James Dean por ele ser um ícone de comportamento e atitude. Já assisti a vários de seus filmes. O rebelde sem causa, como era conhecido, participou de alguns longas e cravou seu nome na história cinematográfica. Ele foi referência na sua época e agrada a todos ainda hoje.
Quais são seus planos para quando a novela acabar?
Tenho projetos para TV e cinema, além da expansão dos meus projetos digitais. E, se conseguir, pretendo fazer uma viagem para descansar. Meu primeiro semestre foi muito intenso.

Como lida com o assédio das fãs?
Da melhor maneira possível. Na verdade, eu gosto muito desse contato. É uma maneira de constatar que o seu trabalho está sendo reconhecido. Algumas reagem de uma maneira muito natural, conversam comigo, me elogiam, pedem para fazer fotos, mas tem casos em que a fã começa a chorar, a gritar, passar mal. Eu tento acalmar, falo que sou de carne e osso também.
Qual a cantada mais curiosa que recebeu?
Foram várias muito engraçadas, mas me recordo desta: ''Você não merece Palmas, você merece Tocantins inteiro'.
Teve um plano B antes de ser ator?
Nunca parei para pensar, pois ninguém, quando escolhe uma profissão, acredita que ela não vai dar certo. Se, por acaso, a vida me levar a outro caminho profissional, caberá a mim a adaptação de uma nova fase.