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Os novos poderes de Henrique Meirelles

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Henrique Meirelles num evento em São Paulo (Foto:  ED FERRAIRA/BRAZIL PHOTO PRESS)

 

Henrique Meirelles é um homem vaidoso. Quando presidiu o Banco Central, nos oito primeiros anos do governo do PT, costumava indicar aos interlocutores que desfrutava de contato direto com Luiz Inácio Lula da Silva, amparado pelo status de ministro que o cargo trazia. Antes disso, num alto cargo no FleetBoston, controlador do BankBoston, gostava de ressaltar a raridade que era um executivo brasileiro conseguir tal destaque numa multinacional. Nos últimos dias, soube conter a vaidade. Ele não foi a primeira escolha de Michel Temer para a Pasta da Fazenda, mas aceitou o convite. A partir de 17 de abril, quando a Câmara decidiu dar continuidade ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, Temer pediu a interlocutores para sondar economistas de renome a fim de montar seu ministério. Armínio Fraga, antecessor de Meirelles no BC, foi sondado, mas recusou. No final de abril, Meirelles aceitou o convite. Assume a Fazenda, com poderes ampliados.

>> Marcos Nobre: “Temer, como presidente do Brasil, será o presidente do PMDB”

Sem rodeios, disse, em sua primeira entrevista coletiva já no cargo, que estava “preparado para enfrentar o desafio”.  Mostrou sintonia com uma ansiedade do brasileiro – embora saiba da necessidade de ajustar as contas públicas, o cidadão não tolera mais impostos. Meirelles fez o discurso correto. “O nível tributário no Brasil é elevado. Para que a economia volte a crescer de forma sustentável, é importante diminuirmos o nível da tributação”, afirmou. “A prioridade hoje é o equilíbrio fiscal. Caso seja necessário um tributo, ele será aplicado, mas de modo temporário. Sabemos que o nível de tributação é elevado e que isso atrapalha o crescimento econômico. A meta é a diminuição do nível tributário, no entanto, vamos dar prioridade à questão da dívida pública e a seu crescimento de maneira insustentável.” O banqueiro virou, no fim das contas, um dos poucos notáveis no novo ministério apinhado de políticos, alguns sem nenhuma folha de serviços prestados nas áreas em que assumiram.

Meirelles tem experiência de negociador e gosta de política. Mas nunca enfrentou missão tão difícil

Não é pequeno o desafio em que, aos 70 anos, Meirelles se lança. No primeiríssimo momento, precisa mostrar disposição de tomar medidas poderosas o suficiente para reverter o profundo pessimismo do consumidor, das famílias e dos empresários, que estanca investimentos e acelera demissões. A situação é tão crítica que, embora não exista garantia que o atual governo continuará até o final do mandato – Dilma Rousseff foi apenas afastada, e não removida da Presidência –, Meirelles precisa dar partida imediata numa nova agenda econômica. A única forma de fazer diferença, diante do caos, é trabalhar como se o governo fosse definitivo, até para aproveitar a maré de boa vontade que, em tese, existe no Congresso. “A primeira missão dele é dar ao mercado um choque de confiança”, diz o economista Lívio Santos Leite, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. Há algumas sugestões de por onde começar a trabalhar. Meirelles tornou-se, na nova conformação do cargo, o responsável também pela Previdência. “A despesa com a Previdência é a que mais cresce. É fundamental elevar a idade mínima, com alguma transição, e desvincular benefícios do salário mínimo”, diz Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.

O pessimismo alimentou-se de uma recessão histórica – a economia encolheu 3,8% no ano passado e o mercado financeiro prevê retração de mais 3,9% neste ano. No ano passado, o governo fechou as contas com deficit de R$ 111 bilhões, ou 1,88% do PIB, e, neste ano, o governo Dilma pediu aval do Congresso para ir a R$ 96 bilhões negativos. Inflada pelos gastos e pela alta dos juros, a dívida pública saiu de 50% do PIB, há dez anos, para perto de 70%. Se nada for feito, deve ir a 80% no fim de 2017. A inflação, que andou na casa dos 10% ao ano, dá sinais de arrefecimento devido à recessão, mas segue muito acima do tolerável.

Como o Brasil entrou, sozinho, na pior recessão da história

Nos primeiros momentos, a entrada de Meirelles, por si só, melhora as expectativas. Mesmo que Temer tenha sondado outros nomes, o do presidente do Banco Central de Lula é tido entre economistas e empresários como um dos mais credenciados para a cadeira. Ele trabalhou por quase 30 anos como um dos principais executivos da instituição financeira americana BankBoston, no Brasil e no exterior. Como mais longevo presidente do Banco Central, mostrou-se imune à pressão para baixar os juros, vinda dos setores do PT afeitos ao pensamento econômico heterodoxo, que admite ciclos de maior inflação ou piora das contas públicas, se isso gerar mais empregos em momentos de necessidade. No cargo, passou quase quatro anos modulando a taxa básica de juros em patamar elevado e só promoveu sua queda gradual, de 15% para 10% ao ano, entre 2006 e 2009, quando teve certeza de que a inflação estava sob controle.

Apesar da primeira impressão potencialmente positiva, Meirelles precisará agir rápido para sustentar, nas próximas semanas, a breve euforia criada por sua simples presença. Será necessário demonstrar capacidade real de consertar as contas públicas. “A erosão fiscal é a mãe de todos os problemas”, diz Lívio Leite, da FGV. As opções passam necessariamente pelo corte das despesas públicas. Para implementá-las, será preciso uma boa dose de disposição. Quem faz cortes é usualmente acusado de insensibilidade para com direitos adquiridos e os grupos afetados. “Uma das primeiras medidas deverá ser desvincular obrigações orçamentárias, para abrir espaço para cortes. Outra é suspender as desonerações (de tributos, que beneficiam setores específicos)”, diz Schwartsman.Em paralelo, será necessário conquistar o apoio do Congresso para garantir o avanço de reformas com efeito mais duradouro.

Temer e Meirelles definem as prioridades da economia

Uma das poucas opções da gestão petista para o ajuste fiscal, a recriação da CPMF pode causar mais erosão política que salvação, neste momento. Sob qualquer ótica, o desgaste a ser imposto pela agenda é demasiado até mesmo para um governo que não deve satisfação às urnas. Numa enquete on-line feita pelo Instituto Qualibest na semana passada, o dobro de participantes preferiu um ajuste de contas só com cortes de gastos (mesmo que isso signifique a piora ou o encerramento de serviços públicos e programas sociais), em relação aos que admitem um ajuste mais suave, com algum aumento de tributos.  “O lado positivo é que justamente o fato de não ter sido eleito pode encorajar Temer e Meirelles a ir adiante”, diz outro ex-diretor do Banco Central que pede anonimato.

Meirelles: manter um programa social não quer dizer mau uso dos recursos

Conta a favor de Meirelles, na opinião de quem já trabalhou com ele, a disposição em conversar e ouvir. Ele gosta de política (candidatou-se a deputado federal em 2002) e acumulou habilidade de negociação em décadas como executivo de banco e nos oito anos à frente do Banco Central. Mas a tarefa que o aguarda agora é muito mais complicada. Não se sabe se o banqueiro terá desenvoltura necessária para negociar temas tão sensíveis e lidar com as pressões de grupos políticos que compõem o governo Temer e cobrarão o preço do apoio.

Para completar, o governo Temer terá, na oposição, um PT ressentido, que lutará com todas as forças para impedir que a nova pauta econômica, com o DNA de ideias defendidas pelo PSDB, se imponha. Para a sorte do novo ministro da Fazenda, há o fato de o novo grupo no poder ser composto de políticos que calcaram sua trajetória no debate e no embate político – a começar por Temer, ex-deputado e ex-presidente da Câmara.

Mansueto Almeida economista  (Foto:  Adriano Machado / Editora Globo)

 

De Meirelles, também se diz que possui capacidade de cercar-se de bons técnicos. “Ele sabe delegar e não se prende à microgestão”, diz um ex-colega de Banco Central que pediu anonimato. Pelo menos três nomeados para a equipe econômica alimentam o otimismo. Especialista em contas públicas e crítico contumaz da política econômica petista, Mansueto Almeida assumiu a Secretaria de Acompanhamento Econômico. Carlos Hamilton Araújo, ex-diretor do Banco Central, ficou com a Secretaria de Política Econômica. Ilan Goldfajn, outro ex-
diretor do Banco Central e economista-chefe do Itaú há sete anos, vai presidir o Banco Central. Nada garante, de novo, que os acertos políticos o deixem livre para buscar quem quiser. A presidência da Caixa deve ir para as mãos de Gilberto Occhi. Embora funcionário de carreira, foi cacifado para o cargo pelo PP, ao qual é filiado. Ex-ministro de Dilma, Occhi saiu do governo no mês passado. No Planejamento, Romero Jucá ficará encarregado de pilotar as demandas orçamentárias junto do Congresso.

Há quem veja na decisão de Meirelles a ambição de repetir a trajetória de Fernando Henrique Cardoso

Meirelles é descrito como um chefe que dá espaço para que os subordinados trabalhem e apareçam, mas cobra resultados com rigor e até certa impaciência. Quando considera o trabalho de alguém insatisfatório, manda refazê-lo diversas vezes, até considerá-lo impecável. Embora polido, em geral, no trato com a equipe, Meirelles não disfarça a irritação em algumas situações. Não admite que um subordinado tente enrolá-lo com respostas vagas a suas muitas perguntas. Em casos assim, diz “para, para, para” e encerra o assunto com nova orientação. Sua vaidade faz com que só entre em eventos quando sabe que o local já está cheio de convidados. Obsessivo com segurança, só anda de carro blindado.

Temer fala a ÉPOCA: "Quero botar o país nos trilhos"

O interesse de Meirelles na carreira política tornou-se público em 2002. Naquele ano, depois de 28 de carreira no BankBoston, decidiu concorrer a uma vaga de deputado federal pelo PSDB em Goiás, seu Estado natal. Foi eleito com 183 mil votos. Logo em seguida, foi convidado por Lula e, em vez de engrossar a oposição, virou um dos principais artífices da confiança do mercado no PT, recém-chegado ao poder. Sua nomeação para o Banco Central foi um sinal de Lula ao mercado, de que o governo petista não promoveria uma erosão nos fundamentos macroeconômicos baseados em responsabilidade fiscal e monetária. Meirelles acabou se tornando próximo de Lula, que tentou, de todo jeito, levá-lo para o governo de Dilma, a fim de substituir Joaquim Levy na Fazenda, no fim do ano passado. Dilma, que não gostava de Meirelles, ficou com Nelson Barbosa.

Há quem veja na decisão de Meirelles de assumir o ministério a ambição de repetir, em 2018, a trajetória de Fernando Henrique Cardoso, nomeado ministro da Fazenda por Itamar Franco depois do impeachment de Fernando Collor. FHC combateu uma crise e acabou eleito presidente. Se for esse o caso, Meirelles (filiado ao PSD desde 2011) terá como maior desafiante José Serra, nomeado ministro das Relações Exteriores. No governo Fernando Henrique, mesmo comandando a Saúde, Serra sentia-se à vontade para palpitar sobre a economia. Se isso se repetir, Meirelles terá de demonstrar mais uma habilidade – lidar com intrigas e sair-se bem delas.


Leonardo DiCaprio dá bolsa de R$ 64 mil e viagem ao Brasil de presente para a mãe

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Irmelin Indenbirken e Leonardo DiCaprio: o ator adora presentear a mãe com mimos caros e viagens mundo afora (Foto: Reprodução)

 

Que Leonardo DiCaprio é muito grudado em sua mãe, Irmelin Indenbirken, não é novidade. O ator vive a levando para jantar, é ela quem assiste primeiro a todos os seus filmes e ele já declarou que Irmelin é "a única crítica de cinema com quem ele se preocupa". Mas agora Leo foi mais longe: esta semana ele arrematou em um leilão beneficente, pelo equivalente a R$ 64 mil, uma bolsa Chanel para dar de presente para ela. O lance foi no gala da fundação Heart Fund, em Cannes. E vale lembrar que no ano passado, no mesmo evento, que faz parte do calendário extra oficial do Festival de Cinema de Cannes, DiCaprio também arrematou uma bolsa da grife com renda revertida para a instituição. Mas em 2015 o valo pagou foi bem menor: o equivalente a R$ 40 mil

Como se não bastasse rechear o closet da mãe com bolsas da Chanel, o vencedor do Oscar também deu recentemente para ela uma viagem ao Brasil. Incógnita, Irmelin esteve no Rio de Janeiro e em praias do Nordeste em março, um pouco depois do Carnaval. Ao todo ela ficou 10 dias no país. No Rio, detalhe, esteve hospedada em uma confortável suíte no tradicional Copacabana Palace com vista privilegiada da praia.

Jaqueline Carvalho, da seleção de vôlei, diz que "pensou em desistir da carreira"

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"Lógico que tudo o que está acontecendo no país atrapalha para que o espírito olímpico aflore", diz Jaqueline Carvalho (Foto: Divulgação)

 

Ponteira da seleção brasileira feminina de vôlei, Jaqueline Carvalho é uma das apostas do técnico José Roberto Guimarães para a conquista do tricampeonato nos Jogos Olímpicos do Rio. "Lógico que tudo o que está acontecendo no país atrapalha para que o espírito olímpico aflore. Mas é nessa hora que nós, atletas, temos que ter garra e fazer bonito para que o nosso povo se orgulhe. O esporte ainda é uma esperança para o Brasil", diz a jogadora.

Jaqueline conta que chegou a pensar em desistir do esporte para cuidar da família após o nascimento do filho, Arthur, de 2 anos. "Não estava conseguindo um clube e me vi tendo que ir embora para jogar fora do país. Mas não queria isso para minha vida".

Jaqueline Carvalho, Adenízia Ferreira , Camila Brait  e Fabiana Claudino : as meninas de ouro do vôlei feminino do Brasil  (Foto: Divulgação)

 

Ela acaba de posar para a nova campanha da linha de maquiagens da Eudora, que vai maquiar as atletas em quadra. "Sempre me maquiei antes de jogar. Não é porque o esporte exige muito vigor físico que não podemos ser femininas. Uso batom, sombra, blush e até máscara para cílios. Passo make como se fosse para uma festa".

Frejat e Titãs se apresentam juntos no Rio

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O cantor e guitarrista Roberto Frejat apresenta show da turnê "O Amor é Quente" (Foto: Divulgação)

 

Dois grandes nomes do rock nacional, Frejat e Titãs, se apresentam no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (20). Será na Fundição Progresso, tradicional casa de espetáculos carioca, que tem movimentado a noite da cidade promovendo grandes encontros como esse. Frejat abre os trabalhos da noite com show da sua nova turnê, "Ao Vivo". "É uma pegada roqueira e dançante", diz o músico, que antecipa que trará no repertório músicas como “O Amor é Quente”, “Só Você”, trilha sonora da novela “Totalmente Demais”; e canções autorais como “Amor Pra Recomeçar” e “Segredos”. "Será um show cheio de sucessos para o pessoal relaxar, cantar e dançar. Também vou tocar grandes hits do Barão Vermelho e de artistas como Jorge Ben, Tim Maia, Caetano Veloso e das Frenéticas", conta.

A banda paulistana Titãs apresenta as músicas de seu mais recente álbum, "Titãs Inédito" (Foto: Marcos Hermes / Divulgação)

 

Em seguida os Titãs sobem ao palco para mostrar as músicas do show "Nheengatu", com o qual estão rodando o país atualmente. Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra), Tony Bellotto (guitarra) e Sergio Britto (voz, teclado e baixo) trazem canções do álbum homônimo lançado em 2015 e também sucessos como “Televisão”, "Desordem” e “Massacre”. "É claro que clássicos nossos como 'Sonífera Ilha' não vão ficar de fora. Neste show, as glórias do passado convivem perfeitamente com as inquietações do presente", garante Tony Bellotto.

Até o chefe dos copeiros foi demitido do Planalto

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Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, se posicionam no parlatório do Palácio do Planalto para discurso final da cerimônia (Foto: Agência Brasil)

 

O militar reformado José Catalão, 52, por oito anos chefe dos copeiros do Palácio do Planalto, disse aos ex-colegas de função não ter recebido qualquer explicação pelo fato de ter sido demitido do trabalho na terça-feira (17). Afirmou apenas ter sido chamado na sala da chefe de gabinete de Michel Temer e avisado do desligamento. Um garçom subordinado a Catalão disse à EXPRESSO que o trabalho dos copeiros era monitorado totalmente pelo cerimonial do Planalto e que qualquer deslize em funções internas era automaticamente corrigido pelo cerimonial. O que não foi o caso com Catalão, de acordo com o garçom ouvido pela reportagem. Catalão foi o único a ser desligado em toda a copa do Planalto.

Aos ex-colegas, o ex-copeiro disse, ainda, que já começou a preparar seu currículo.

 

 

 

 

 

 



 

O novo visual de viagem de um ex-ministro de Dilma Rousseff

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O ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams "disfarçado" (Foto: Reprodução)

 

Ex-ministro da Advocacia Geral da União (AGU) no governo da presidente Dilma Rousseff, Luís Inácio Adams foi flagrado nesta semana ostentando um chapéu do tipo “Panamá” durante um voo entre Brasília e São Paulo. Estava com um semblante bem mais sereno que nos tempos em que corria de um lado para o outro a fim de defender a presidente Dilma Rousseff nos processos das "pedaladas fiscais". Talvez o chapéu tenha a serventia de escondê-lo dos críticos mais ferozes do governo da presidente Dilma. 
Adams cumpre quarentena após deixar o cargo. Em breve deverá começar a trabalhar num escritório de advocacia americano.

 

 

 

Os brasileiros estão afogados em sal

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Os rolinhos de massa branca, prestes a entrar no forno em uma das unidades da padaria Dona Deola, em São Paulo, seguem a receita para ter o sabor característico que o brasileiro tanto aprecia. Num ritual que começa antes de o sol nascer, os padeiros batem a massa, deixam-na descansar por três horas e a assam até ficar dourada e cheirosa. Entre os ingredientes fundamentais, há 1 grama de sal em cada pãozinho. “Por isso, o pão francês também é chamado de pão de sal”, diz Mariana Martinez, engenheira de alimentos da padaria Dona Deola, em São Paulo. Ele já foi mais salgado. Há cinco anos, a porção de sal no pãozinho que vai à mesa dos brasileiros diminuiu 10%. Mesmo assim, quem come um único pão francês ingere 20% de todo o sal que deveria consumir durante um dia – 5 gramas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para  nutricionistas e cardiologistas, é demais.

>>O brasileiro está entre os povos que menos dormem em todo o mundo

Na quantidade certa, o sal dá sabor e faz bem à saúde. O problema é o consumo excessivo, exatamente o caso dos brasileiros. Ingerimos entre 10 e 12 gramas por dia. Comemos 4,1 gramas de sódio, um dos componentes do sal –  mais que o dobro dos 2 gramas considerados saudáveis. Em excesso, o sódio contribui para o espessamento da paredes dos vasos sanguíneos e para a retenção de água no corpo – fatores que podem provocar aumento da pressão arterial, condição associada a ataques cardíacos e acidentes vasculares. Problemas cardiovasculares como esses são a principal causa de morte no Brasil.

>>Não há evidência de que produtos para regular o intestino funcionam, diz estudo

Desde 2011, acordos firmados pelo Ministério da Saúde com setores da indústria alimentícia estabeleceram reduções graduais do sal em 35 tipos de alimento até 2017. Mas essas metas são mais indulgentes com o paladar que com a saúde dos brasileiros. Os acordos com a indústria têm pouco impacto na dieta do brasileiro, segundo um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em 2017, depois de feitas todas as reduções já acordadas, a quantidade de sódio que consumimos terá caído quase nada, 1,5%, quando o certo seria reduzi-la pela metade. “As primeiras metas estabelecidas foram muito tímidas”, diz Ana Paula Bortoletto, pesquisadora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

>>Quanto custa prevenir contra o HIV?

Ana e sua equipe analisaram as quantidades de sódio presentes nos produtos que compõem os acordos. Perceberam que as empresas atingiram as metas de redução antes dos prazos fixados pelo governo. O que poderia ser motivo de comemoração era sinal de problema. “A redução rápida só foi possível porque as mudanças na composição dos alimentos foram pequenas. Eles continuam com muito sódio”, diz Ana. Estudos sugerem que reduções de até 25% não alteram o sabor dos alimentos. Mas muitas metas não chegam nem aos 10% de redução, como nuggets (bolinhos de frango), cuja meta é 8%. “Poderíamos ser mais ambiciosos”, diz Ana, do Idec. O Ministério da Saúde estima que, para alcançar a meta de 5 gramas por dia, os brasileiros teriam de tirar do prato 109.000 toneladas de sal entre 2011 e 2017.

>>Na China, a comida ocidental criou uma explosão de obesidade infantil

O percentual de redução foi estabelecido em discussões entre o governo e a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (Abia), uma organização que representa cerca de 80% do setor. “Novas metas podem sempre ser discutidas e repactuadas, desde que levem em consideração a função do sódio nos alimentos e os desafios técnicos e tecnológicos envolvidos em sua redução, retirada ou substituição”, afirmou a Abia em nota. O sal também é usado como conservante e em processos industriais para evitar que certos insumos grudem nos equipamentos.

>>A dieta das bactérias

Na falta de referências internacionais capazes de indicar a quantidade saudável de sódio em cada produto, as metas foram fixadas com base na média dos produtos já no mercado. “Os acordos eliminaram excessos”, diz Michele Lessa, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. Mas isso não quer dizer que ainda não exista gordura – ou melhor, sódio – para cortar. Desde 2006, o Reino Unido, pioneiro nesse tipo de política pública, reduziu em 15% o consumo de sódio entre os britânicos. As metas são mais ambiciosas que no Brasil (leia o quadro). Lá, também mais categorias passaram por adequações: 80, em comparação com 35 por aqui. Pelo menos 59 países já adotam políticas de redução de sódio. “Os países com melhores resultados foram os que conseguiram incluir grande variedade de produtos nesses acordos”, diz Jacqui Webster, diretora do Centro para Redução do Consumo de Sal da OMS.

A culpa pelo consumo excessivo de sódio não é só dos produtos industrializados. No Brasil, as receitas preparadas em casa, como o arroz com feijão, respondem por 74% da ingestão de sódio. Em países como Estados Unidos e Reino Unido, percentual semelhante cabe aos alimentos processados – um caminho que o Brasil parece trilhar. “O consumo de alimentos processados tende a crescer aqui”, diz Rafael Claro, professor do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais. Ensinar o brasileiro a tirar o saleiro da mesa é uma meta tão importante quanto reduzir o sódio dos produtos industrializados. “Para nós, as ações mais importantes são as que orientam a população”, diz Michele, do Ministério da Saúde. “Criamos um guia de alimentos que recomenda o uso de menos sal e lançamos campanhas on-line e nas redes sociais sobre a importância da redução do sal, além de programas em escolas.”

Parecem ações muito brandas para contornar nosso apreço pelo sal. “Esse desejo faz parte de um instinto de sobrevivência antigo”, diz o neurocientista Wolfgang Liedtke, da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Quando os primeiros hominídeos surgiram na Terra, as fontes de sódio eram escassas e nossos antepassados aprenderam a entender que o sabor salgado era importante para a vida. Há uma associação no cérebro entre prazer e o sabor salgado. Liedtke e seus colegas descobriram que as áreas ativadas no cérebro pelo consumo de sal são as mesmas acionadas pelo consumo de cocaína, uma droga viciante. Mas isso é pré-história. Passou da hora de o brasileiro e a indústria enfrentarem a dependência do sódio.
 

Pão no sal  (Foto: Tomas Artuzzi / Época)
Infográfico sobre o sódio  (Foto: Época )

 

O que se sabe sobre o voo MS 804 da EgyptAir que sumiu no Mediterrâneo

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Aeronave da companhia EgyptAir (Foto:  AFP PHOTO / ANDREAS SOOS)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O voo 804 da companhia EgyptAir que fazia o trajeto entre França e Egito e levava 66 pessoas a bordo desapareceu do radar na madrugada desta quinta-feira (19) e, ao que tudo indica, caiu no Mar Mediterrâneo, pouco antes do horário esperado para seu pouso no Cairo. Grécia e Egito lançaram missões de busca e as autoridades gregas afirmaram ter encontrado destroços no mar ao sul das ilhas de Creta e Karpathos. Eis o que se sabe até agora.

>>Em dezembro de 2015, avião caiu no Sinai

O que aconteceu?
O voo 804 partiu de Paris às 11h09 (horário da França) da noite de quarta-feira (18), rumo ao Cairo, a capital egípcia. Sua última comunicação ocorreu 2h26 da manhã, com o controle de tráfico aéreo da Grécia – na ocasião, nada fora do normal foi registrado. Seu último registro no radar ocorreu por volta das 2h30.

Infográfico que mostra onde o vôo da empresa aérea EgyptAir sumiu do radar  (Foto: Flightradar24)

 

Às 2h37 da manhã, pouco depois de entrar no espaço aéreo egípcio, o avião que transitava em velocidade de cruzeiro a 37 mil pés (11.277 metros) de altitude, deu uma guinada para a esquerda a 90 graus e depois circulou 360 graus para a direita, antes de desaparecer dos radares. A informação foi dada pelo ministro da Defesa da Grécia, Panos Kammenos, em coletiva de imprensa hoje pela manhã.

Autoridades gregas e egípcias informaram que missões de busca foram enviadas para a região do último registro de localização da aeronave. Até o momento, dois pedaços grandes de plástico, possivelmente destroços do avião, foram encontrados próximos à ilha grega de Creta.

A aeronave era um Airbus modelo A320, fabricada em 2003 e considerada segura e confiável.
A bordo estavam 56 passageiros e 10 tripulantes – entre eles 30 egípcios, 15 franceses, dois iraquianos e um britânico, um belga, um sudanês, um chadiano, um canadense, um kuaitiano, um saudita, um português e um argelino.

Quais são as hipóteses?
De acordo com o presidente francês, François Hollande, que confirmou a queda do avião na manhã desta quinta-feira, a hipótese de um atentado terrorista não foi descartada, mas seria uma de várias. De acordo com a Folha de S. Paulo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sherif Fath, afirmou que a opção “mais forte” trabalhada pelas autoridades do país neste momento seria a de um ataque terrorista e não um simples acidente aéreo. “Se você analisar a situação propriamente, a possibilidade de ter ocorrido um ataque terrorista é mais alta que a possibilidade de um problema técnico”, afirmou Fath. 

O jornal inglês The Guardian informou que o avião passou por aeroportos na Tunísia e na Eritreia nos quatro voos que realizou na quarta (18) antes de realizar o trajeto entre Paris e Cairo.

Histórico
No final de março, um voo da EgyptAir que faria o translado entre Alexandria e o Cairo foi sequestrado e desviado para o Chipre por um homem que afirmava ter um colete explosivo – era falso. O incidente terminou sem mortes e foi descoberto que o responsável pelo sequestro o fez para chamar atenção de uma ex-esposa.

Outro caso
Em outubro de 2015, um Airbus A-321 da companhia aérea russa Metrojet, dona da aeronave, caiu na Península do Sinai, no Egito. A aeronave caiu pouco depois de decolar do litoral do Egito com destino a São Petesburgo, na Rússia, dia 31. As 224 pessoas a bordo morreram.

Autoridades russas descartaram logo de início falhas técnica ou humana no acidente. Após investigações, confirmaram que fragmentos de uma bomba foram achados nos destroços do avião. Não demorou muito e o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

 


Pressão no governo para afastar executivo da Vale ligado a Luciano Coutinho

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Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

 

Com a mudança de governo, começam as pressões para a substituição de dirigentes de empresas que sofrem interferência de Brasília. Uma dessas empresas é a Vale. Pois bem. Já chegaram no Ministério da Fazenda pedidos de acionistas da mineradora para que Luciano Siani, diretor de finanças da Vale, deixe a função. Siani, que está no cargo desde agosto de 2012, é ligado a Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Siani chegou a ser chefe de gabinete de Coutinho no banco. As maiores críticas ao trabalho de Siani dizem respeito aos resultados financeiros ruins da Vale, parcialmente atribuídos a uma condução considerada deficiente da "contabilidade de hedge" da empresa. 

 

 

  

Ronaldo Caiado

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Ronaldo Caiado é senador da República do DEM de Goiás. Caiado nasceu em 25 de setembro de 1949 na cidade de Anápolis, GO, em uma família de produtores rurais e políticos, e é médico ortopedista formado pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), em foto de 2015, quando o Plenário do Congresso analisou vetos da presidente Dilma Rousseff (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

Ligado desde o princípio às causas rurais, um dos principais assuntos levantados por Caiado sempre foi a agricultura e a pecuária. Foi presidente da Comissão Permanente de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural na Câmara dos Deputados e criador da Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária, conhecida como “bancada ruralista”.

Em 1989, obteve apenas 0,68% dos votos como candidato a presidente da República pelo PSD. Já em 1991, ocupou seu primeiro cargo político como deputado federal por Goiás. Foi reeleito em 2003, 2007 e 2011. Em 1994 também concorreu ao cargo de governador de Goiás, recebendo 23% dos votos.

Caiado foi eleito senador em 2015 com 1,2 milhão de votos. Em 2016, tornou-se líder da bancada do DEM no Senado Federal. É também presidente do DEM no Estado de Goiás e vice-presidente nacional do partido.

O senador foi um dos mais ativos defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Henrique Meirelles se reúne com Jucá e com nova presidente do BNDES

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O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recebe na tarde desta quinta-feira (19) o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e a economista Maria Silvia Bastos Marques, indicada para presidir o BNDES no governo Michel Temer.

O encontro ocorre no ministério da Fazenda. 

 

Atual e ex-ministro da Justiça juntos em Florianópolis nesta sexta-feira

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O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Ele deve concorrer à prefeitura de São Paulo em 2016 (Foto: Divulgação/ Facebook)

 

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o atual, Alexandre de Moraes, têm um encontro marcado para esta sexta-feira (20) em Florianópolis: participarão da formatura de uma turma de quase mil policiais rodoviários. A Academia da Polícia Rodoviária Federal fica na capital catarinense.

A turma será batizada com o nome de “José Eduardo Cardozo”. Moraes, filiado ao PSDB, não fez objeção à homenagem que será prestada ao petista.

 

Marina Abramovic: "Eu vejo o Brasil como um continente a ser explorado"

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Nesta quinta-feira (19), a artista performática Marina Abramovic lança seu novo documentário Espaço além - Marina Abramovic e o Brasil. Dirigido por Marco Del Fiol, o longa-metragem acompanha Marina em viagens por lugares místicos do Brasil, em busca de cura emocional e espiritual.

Marina Abramovic (Foto: Emiliano Capozoli)

 

Produzido entre 2012 e 2015, o filme teve sua estreia mundial no festival SXSW 2016 - South by Southwest, nos Estados Unidos. A produção brasileira foi a única obra estrangeira selecionada para a mostra de documentários do evento. Ao todo, 1.013 obras documentais foram inscritas.

O itinerário de Marina passou por Abadiânia, Goiás, onde acompanhou sessões de cirurgia espiritual promovidas pelo médium João de Deus. "Estávamos com João de Deus e ele disse que não poderíamos filmar, pois ele é apenas um homem que incorpora 120 espíritos e teria de pedir permissão a eles", disse a artista, em meio a risos, durante a coletiva de imprensa. "Esperamos até que um dia ele veio com um sorriso e disse: 'tudo bem, eles deram o OK'".

Marina passou pelo Riachinho de Zezito Duarte, na Chapada Diamantina, na Bahia, onde experimentou ayuhasca em um ritual xamânico. "Tomei o chá e, depois de 6 minutos, senti como que um força cósmica varrendo o meu corpo até cair debilitada", diz. Nas cenas, é possível ver Marina gritando e se debatendo enquanto ela narra a experiência, que contou com crises de diarreia e vômito.

O documentário também acompanha Marina por Alto do Paraíso, Goiás, onde encontrou Florentina Pereira dos Santos (Dona Flor), uma conhecedora das plantas medicinais. Marina também conheceu Mãe Filhinha (Narcisa Cândido da Conceição), fundadora do terreiro Yemanjá Ogunté e membro da Irmandade da Boa Morte. Filhinha morreu em 2014, aos 110 anos, em Cachoeira, na Bahia. A artista ainda esteve em Planaltina (DF), Salvador (BA) e Corinto (MG) e participou de um ritual de purificação em Curitiba, no Paraná, com o fitoterapeuta Rudá Iandê e a xamã Denise Maia – com quem tomou ayuhasca pela segunda vez, numa experiência menos terrível.

Em Espaço além, Marina, que completará 70 anos em 30 de novembro, mostra para o público seu processo de cura e compreensão da dor, além de sua conexão com o Brasil, que começou numa visita em 1989. Na época, ela veio ao país para pesquisar minerais para um projeto.

O documentário culmina na mostra Terra comunal, realizada no Sesc Pompeia em 2015. Na exposição, ela ensinou ao público o "Método Abramovic", uma aula de performance, que a ajudou a definir os caminhos para sua arte hoje.

Em entrevista concedida a ÉPOCA na Luciana Brito Galeria, Marina fala sobre arte, religião e o Brasil. Confira:

Estudantes brasileiros levam 12 prêmios em feira internacional de ciências

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"Foi uma honra representar a qualidade científica da nação em um evento dessa magnitude", diz o estudante Luiz Fernando Borges (Foto: Society for Science)

 

“Agora, meu maior sonho é ver um para-atleta carregar a tocha olímpica com o antebraço robótico que estou desenvolvendo.” A frase é de Luiz Fernando Borges, estudante de 17 anos do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul, e um dos brasileiros premiados na Intel ISEF- Feira Internacional de Ciência e Engenharia. O evento aconteceu entre 8 e 13 de maio, na cidade de Phoenix, no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Dele, participaram 1.700 estudantes, de 77 países, do oitavo ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio ou técnico. O Brasil mandou estudantes de escolas públicas e privadas.

A delegação que representou o Brasil contou com 30 estudantes, que apresentaram, na feira, 18 projetos desenvolvidos individualmente ou em equipes. Depois de passar pelo crivo de avaliadores da comunidade científica internacional, o grupo conquistou 12 prêmios em sete trabalhos. Três deles foram atribuídos a Luiz Fernando, inclusive o primeiro lugar na categoria Engenharia Biomédica. Foi ele o estudante mais premiado da delegação. “Criei um programa de computador que transforma sinais elétricos dos músculos do corpo em comandos motores a um membro robótico”, diz Luiz Fernando. "Meu objetivo é ajudar pessoas que tiveram o antebraço amputado."

>>  A importância do ensino das artes na escola

Inspirado pelos estudos do cientista brasileiro Miguel Nicolelis – responsável por desenvolver o equipamento que permitiu a um paraplégico que desse o primeiro chute da Copa do Mundo de 2014 –, Luiz Fernando passou um ano trabalhando no projeto que chamou de “Prendendo fantasmas em robôs”. Suas pesquisas resultaram em uma manga que, acoplada ao bíceps do antebraço amputado, promove estímulos vibratórios na região sempre que o membro robótico for tocado ou movimentado. Essas vibrações são recebidas pelos músculos do bíceps e transformadas em estímulos às articulações do braço robótico. O objetivo é tornar o controle das próteses mais preciso e restaurar a sensibilidade tátil da região amputada. “Meu projeto foi baseado na Síndrome do Membro Fantasma, que atinge 70% dos amputados. Quem tem essa síndrome continua com as sensações do membro amputado", afirma.

Antes de expor seus projetos nos Estados Unidos, Luiz Fernando e seus colegas foram selecionados em mostras nacionais: na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – Febrace, realizada pela Escola Politécnica da USP, em São Paulo, e na Mostratec, realizada em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, pela Fundação Liberato. “Essas iniciativas contribuem para induzir a cultura da pesquisa científica e tecnológica nas escolas”, afirma a coordenadora-geral da Febrace, professora Roseli de Deus Lopes.

>> Roseli de Deus Lopes: “A criança nasce cientista. É a escola que a silencia" 

Ela, que acompanhou os alunos durante a viagem, ressalta que a importância da participação na feira internacional vai além da premiação: “O papel da delegação brasileira é mostrar o que os alunos do nosso país estão produzindo e aprender com as outras delegações como se trabalha em escolas de outros países.” Luiz Fernando concorda com ela: “Houve muita troca de conhecimentos e experiências. Entrei em contato com estudantes que, apesar de falarem línguas diferentes, apresentam a mesma paixão que eu: mudar a realidade do mundo em que vivem com a ciência.”

"Foi uma honra representar a qualidade científica da nação em um evento dessa magnitude", diz o estudante Luiz Fernando Borges (Foto: Society for Science)

 

Além do projeto de Luiz Fernando, outros três dos sete trabalhos premiados foram desenvolvidos por alunos de instituições públicas, o que para Roseli é motivo de comemoração. “O resultado da feira internacional mostra que começamos a ter cada vez mais premiados de escolas públicas convencionais, de diferentes regiões do Brasil.” Segundo ela, representar diversas escolas e estados é um dos objetivos principais da Febrace, que, em 2016, realizou sua 14ª edição. “Queremos induzir esse tipo de experiência no Brasil inteiro”, afirma.

>> Trinta e uma escolas do país mostram como melhorar a educação pública

Luiz Fernando pretende investir em seus estudos os US$ 8 mil que ganhou na feira. “Me apaixonei pelo cérebro humano enquanto desenvolvia meu projeto. Quero estudar neurociência ou engenharia biomédica nos Estados Unidos”, diz. O bom desempenho acadêmico – e, mais tarde, empreendedor – de todos aqueles que participam da Febrace é, para Roseli, “o maior indicador de sucesso” do trabalho que desenvolve.

Luiz Fernando já colhe os frutos do reconhecimento que recebeu dentro e fora do Brasil. Conseguiu auxílio suficiente para tirar seu projeto do campo digital e, finalmente, construir um protótipo do antebraço robótico. “O mais difícil foi provar que o método de controle dá certo. Agora, o próximo passo é criar o design do artefato mecânico”, diz. Segundo o garoto, porém, “problemas com os equipamentos necessários” estão atrapalhando a construção da prótese. Ele continua em busca de apoio para viabilizar o projeto e, quem sabe, realizar o sonho de vê-lo nos Jogos Paraolímpicos de 2016.

Dentre os sete trabalhos premiados neste ano, quatro vieram de escolas públicas do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Três foram desenvolvidos por alunos de fundações e escolas privadas do Paraná e Rio Grande do Sul. Conheça os projetos brasileiros que ficaram entre os melhores das feira de ciências:

- Prêmio Memorial Philip V. Streich – Fórum Internacional de Ciência Jovem em Londres (London International Youth Science Forum - LIYSF) - Participação no fórum anual com duração de duas semanas, reunindo 300 jovens cientistas de 50 países
De Aquidauana, MS
Luiz Fernando da Silva Borges (17)

Projeto: Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricas transradiais e rearranjo neuronal do mapa de Penfield para feedback tátil
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - Campus Aquidauana

- Prêmio Intel ISEF de melhor na categoria Engenharia Biomédica – US$ 5.000
De Aquidauana, MS
Luiz Fernando da Silva Borges (17)

Projeto: Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricas transradiais e rearranjo neuronal do mapa de Penfield para feedback tátil
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - Campus Aquidauana

- 1º Lugar na categoria Engenharia Biomédica – US$ 3.000
De Aquidauana, MS
Luiz Fernando da Silva Borges (17)

Projeto: Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricas transradiais e rearranjo neuronal do mapa de Penfield para feedback tátil
Escola:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - Campus Aquidauana

- 3º Lugar na categoria Sistemas Embarcados – US$ 1.000
De Novo Hamburgo, RS
Fabiane Kuhn (19) e Guilherme de Oliveira Ramos (18)

Projeto: Sistema para Otimização de Irrigação
Escola: Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha

- 3º Lugar na categoria Engenharia Ambiental – US$ 1.000
De Porto Velho, RO
Ygor Requenha Romano (18)

Projeto: Eficiência energética aplicada em sistema renovável de tratamento de água
Escola: E.E.E.F. Murilo Braga

- 4º Lugar na categoria Engenharia Biomédica - US$ 500
De Novo Hamburgo, RS
Carolina Rosa Kelsch (19) e Márcia Cunha dos Santos (19)

Projeto: Venus - localizador vascular
Escola: Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha

- 4º Lugar na categoria Engenharia Ambiental - US$ 500
De Osório, RS
João Vitor Kingeski Ferri (18) e Maria Eduarda Santos de Almeida (17)

Projeto: Palmeira Juçara: aproveitamento integral do fruto como alternativa de preservação ambiental e promoção de impactos econômicos e sociais positivos
Escola: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório

-  4º Lugar na categoria Sistema de Software - US$ 500
De Campinas, SP
Laura Rúbia Paixão Boscolo (18) e Rafael Eiki Matheus Imamura (19)

Projeto: Yarner - estudo da utilização de tecnologias em salas de aula a favor das práticas de letramento com plataforma de criação de livros digitais interativos
Escola: Colégio Técnico de Campinas - UNICAMP (COTUCA)

- 4º Lugar na categoria Medicina Translacional - US$ 500
De Londrina, PR
Maria Vitoria Valoto (15)

Projeto: Desenvolvimento de cápsulas reutilizáveis da enzima beta-galactosidase destinadas aos intolerantes à lactose
Escola: Colégio Interativa

- Prêmio Web Inovador - Oferecido pela GoDaddy - US$ 1.500
De Campinas, SP
Laura Rúbia Paixão Boscolo (18) e Rafael Eiki Matheus Imamura (19)

Projeto: Yarner - estudo da utilização de tecnologias em salas de aula a favor das práticas de letramento com plataforma de criação de livros digitais interativos
Escola: Colégio Técnico de Campinas – UNICAMP (COTUCA)

- Destaque na categoria Sistema de Software - Oferecido pela Oracle - US$ 5.000
De Campinas, SP
Laura Rúbia Paixão Boscolo (18) e Rafael Eiki Matheus Imamura (19)

Projeto: Yarner - estudo da utilização de tecnologias em salas de aula a favor das práticas de letramento com plataforma de criação de livros digitais interativos
Escola: Colégio Técnico de Campinas – UNICAMP (COTUCA)

- Segundo Lugar Oferecido pela SPIE (International Society for Optics and Photonics) - US$ 1.500
De Novo Hamburgo, RS
Fabiane Kuhn (19) e Guilherme de Oliveira Ramos (18)

Projeto: Sistema para Otimização de Irrigação
Escola: Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha
 

 

Assessoras de Dirceu e Lula no primeiro governo petista deverão ser afastadas da Apex

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Mônica Zerbinato, chefe de gabinete da Apex (Foto: Reprodução)

 

Assessoras antigas de Lula e José Dirceu, Mônica Zerbinato e Telma Feher deverão ser afastadas da Agência de Promoção de Exportações (Apex), agora vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, em breve. Beneficiárias de salários polpudos, as duas estão há anos no órgão. Todos que passaram pela chefia da Apex foram orientados a deixá-las onde estão. Mônica foi secretária de Lula. Já Telma foi assessora de imprensa do ex-ministro José Dirceu.

 


Conheça o jovem índio que participa do revezamento da Tocha Olímpica

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O índio pataxó Breno dos Santos Ferreira, de 15 anos, conduzirá a chama Olímpica em Porto Seguro logo mais (Foto: NICEF/BRZ/Fred Borba)

 

O Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 abraça uma causa importante e dá visibilidade aos direitos das crianças e adolescentes, através de seis especiais condutores escolhidos através de uma parceria do Comitê Olímpico com o Unicef. O projeto dá seus primeiros passos nesta quinta-feira (19), com o índio pataxó Breno dos Santos Ferreira, de 15 anos. O jovem, que vive na comunidade indígena pataxó, conduzirá a chama Olímpica em Porto Seguro logo mais. Breno é o primeiro de 6 adolescentes que irão participar do revezamento com crianças do mundo todo. "Minha mãe, minha avó, meus irmãos... ficamos todos muito emocionados com a confirmação de que eu iria carregar a tocha olímpica", diz ele, que sempre estudou em escola indígena e se entusiasma por sua cultura. “Eu sou pataxó e estou muito feliz em representar todas as crianças da minha aldeia e do mundo", diz Breno à coluna.

O jovem Breno posa com sua mãe, Aires. "Ficamos todos muito emocionados com a confirmação de que eu iria carregar a tocha olímpica", diz ele (Foto: UNICEF/BRZ/Fred Borba)

 

Foi no projeto Território de Proteção, realizado pela ONG Tribos Jovens, que Breno descobriu os jogos e esportes tradicionais. "Meu sonho é ser jogador de futebol. Mas também sou muito bom na corrida com maracá, um esporte tradicional do meu povo. Tem também o arco e flecha, a corrida rústica, o tacape. É o momento em que todo mundo está junto e se divertindo", conta. A iniciativa convidou adolescentes que representam a diversidade do país e demonstram a importância de garantir os direitos para cada criança sem deixar nenhuma de fora. São meninos e meninas, com e sem deficiência, de origem indígena, negra, ribeirinha, e das regiões do país marcadas por grandes desigualdades.

Supremo suspende lei que autoriza “pílula do câncer”

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Cápsulas de fosfoetanolamina sintética: a substância foi distribuída de maneira irregular durante anos (Foto: Reprodução)

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) barrou, na tarde desta quinta-feira (19), o porte, uso, distribuição e fabricação da fosfoetanolamina sintética, a chamada pílula do câncer. Por seis votos a quatro, o tribunal derrubou o texto sancionado pela presidente Dilma Rousseff no dia 14 de abril - poucos dias antes da votação do impeachment na Câmara dos Deputados - que permitia o uso da substância por pacientes diagnosticados com câncer.

>>Fosfoetanolamina sintética: a oferta de um milagre contra o câncer
>>Exame mostra multiplicação de tumores mesmo após uso da fosfoetanolamina
>>Paulo Hoff: “A decisão de aprovar a fosfoetanolamina foi bastante populista”

Votaram para barrar a pílula os ministros Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Os demais quatro, que votaram a favor da liberação, disseram concordar com o uso da substância apenas por pacientes diagnosticados com câncer terminal. O ministro Celso de Mello, ausente, não votou no julgamento.

>>Senado aprova liberação do uso da fosfoetanolamina contra câncer
>>Liberação da fosfoetanolamina envergonhará o Brasil, diz diretor da Anvisa

A lei da fosfo, derrubada nesta tarde pelo STF, permitia a produção da pílula ainda que ela não tivesse registro na Anvisa. A ação julgada pelo Supremo foi aberta pela Associação Médica Brasileira (AMB), que questiona a eficácia da fosfo. Até hoje, não há estudos clínicos que comprovem a ação benéfica da pílula no combate ao câncer. Foram feitos somente testes em animais, que sugerem que a substância não é tóxica. Exames oncológicos, feitos com pacientes que usaram a pílula, indicam que ela não é capaz de barrar a multiplicação dos tumores.

>>Fosfoetanolamina: primeiros testes não mostram ação anticâncer

Durante o julgamento, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, justificou seu voto - contrário à liberação -  ao dizer que o Estado brasileiro tem de agir racionalmente, e tomar decisões baseadas em evidências. O relator do caso, Marco Aurélio Melo, lembrou durante seu voto que a legislação exige aprovação da Anvisa para que novos remédios sejam comercializados no país.

RC

Empresário de artistas brasileiros é premiado em Cannes

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"Ter o trabalho reconhecido internacionalmente, sem dúvida, é motivo de muita responsabilidade e alegria", diz Pedro Tourinho (Foto: Adriano Doria)

 

A tradicional lista de Futuros Líderes da Screen Daily, divulgada anualmente, acaba de ser anunciada durante o Festival de Cinema de Cannes. E, desta vez, uma grande novidade: a premiação foca em agentes artísticos do mundo todo. Entre os agraciados consta apenas um brasileiro. É Pedro Tourinho, empresário de nomes como Marco Pigossi, Bruno Mazzeo, Astrid Fontenelle, Chay Suede, Fernanda Paes Leme e Fabíula Nascimento, entre outros. "Quando resolvi entrar nesse mercado, uma das propostas era trabalhar talentos no Brasil com a visão e atitude dos mercados mais desenvolvidos do mundo, e ter o trabalho reconhecido internacionalmente sem dúvida é motivo de muita responsabilidade e alegria", diz Pedro à coluna.

Eclético —  ele representa de Thiago Soares, o bailarino principal no Royal Ballet, em Londres, ao cantor Nego do Borel, a estrela do funk e pop —, o  agente apenas lamenta o reconhecimento chegar justamente na época da extinção do Ministério da Cultura. "O MinC, sob a gestão de Gilberto Gil e Juca Ferreira, teve papel importantíssimo na modernização do mercado, pois sem deixar de tratar de cada ponto de cultura popular do país, também deu uma guinada importante no sentido de também entender a cultura como uma indústria de economia criativa. Foi o MinC que recentemente regulamentou a relação entre autores e players de streaming, como Google e Spotify, por exemplo, foi o MinC que mediou a nova lei de gestão coletiva de direitos autorais, grandes discussões sobre pirataria e leis trabalhistas para profissionais do entretenimento", enumera Tourinho.

Dário Berger

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Dário Elias Berger é senador da República pelo PMDB de Santa Catarina. Nascido na cidade de Bom Retiro em 1956, o senador é formado em administração de empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Ingressou na carreira política em 1989, na Comissão Municipal de Esportes de São José, cidade da Grande Florianópolis. Em 1996 foi eleito prefeito de São José e reeleito para o cargo no ano de 2000. Em 2005, Dário Berger torna-se prefeito da capital do Estado, Florianópolis, pelo PSDB. Nas eleições seguintes, é reeleito, porém por outro partido, o PMDB.

Foi eleito senador pela primeira vez nas eleições de em 2014.

O senador senador Dário Berger (PMDB-SC), em foto de 2015 (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

 

Os oito desafios de Pedro Parente na Petrobras

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Pedro Parente, novo presidente da Petrobras (Foto: José Cruz/ Abr)

 

O engenheiro Pedro Parente foi nomeado presidente da Petrobras nesta quinta-feira (19). EXPRESSO ouviu o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, para saber dele quais são os desafios de Parente à frente da maior estatal do país. Apontou oito:

1. Mandato. Para Pires, Parente precisa ter autonomia para montar sua equipe: gente em que ele possa confiar e ter segurança “até para conseguir ter sucesso no segundo ponto”, adianta.
2. Enfrentar os sindicatos. Segundo o especialista, a Petrobras foi aparelhada e, se não tiver autonomia e a confiança do governo, não conseguirá enfrentar os “privilégios de muita gente que ganha muito e pouco faz”.
3. Transparência na política de preços. Pires diz que, ao contrário do que ocorre hoje, é preciso que a companhia estabeleça para o consumidor e para o mercado uma política de preços transparente para os combustíveis. Isso para voltar a ter a confiança do investidor e justificar o valor do combustível pago pelo consumidor.
4. Manter o valor dos combustíveis acima do mercado internacional. Para Pires, sem a medida, a empresa não vai recuperar o prejuízo trazido no tempo em que o governo segurou o preço de forma artificial.
5. Capitalizar a companhia. O especialista afirma que a opinião do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a Petrobras não precisa ser capitalizada, é “equivocada”. Segundo Pires, neste momento é melhor capitalizar que desinvestir nos moldes do proposto por Aldemir Bendine.
6. Deixar de lado a proposta de desinvestimento de Aldemir Bendine. Adriano Pires diz que se desfazer da BR Distribuidora e da Transpetro de forma “açodada”, no atual contexto, só trará prejuízo à companhia. “Melhor se desfazer de outros ativos. “BR e Transpetro agora não.”
7. Sentar e negociar com os credores. Segundo Pires, a dívida bruta da companhia chega a R$ 540 bilhões.
8. Recuperar a governança. Diz que a compra da refinaria de Pasadena é um exemplo de como a companhia necessita afinar sua governança.

 

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